BRIGA

Condenado por estupro, Robinho vai à Justiça para andar de patinete

Justiça determinou a liberação do equipamento apreendido em 2021, por falta de registro, mas não permitiu a circulação em Santos

Robinho quer andar de patinete sem ser abordado pela PM.Créditos: Ivan Storti/Santos FC
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Condenado em última instância na Itália a nove anos de prisão por estupro e sem poder deixar o país, sob o risco de ser preso, o jogador Robinho ingressou na Justiça com um pedido bizarro: ele quer ter o direito de andar com seu patinete elétrico pela cidade de Santos, no litoral de São Paulo, sem ser incomodado pela polícia.

O caso teve início no dia 30 de novembro de 2021, quando Robinho passeava pela orla de Santos e foi abordado pela Polícia Militar (PM). Os integrantes da corporação apreenderam seu patinete e o recolheram ao pátio municipal. A alegação é que não havia registro do veículo.

Por isso, o jogador decidiu acionar a Justiça para retirar o veículo do pátio. Ele solicitou que o tribunal concedesse autorização para a utilização do equipamento sem qualquer restrição.

Segundo Matheus Mendes, advogado que representa o jogador, a apreensão foi ilegal, “assim como a manutenção da apreensão por tempo indeterminado”, disse, em entrevista ao G1.

O advogado alegou que Robinho utilizava o patinete por conta da pandemia, para evitar transporte público e o consequente risco da contaminação. Isso, como se o jogador usasse o transporte coletivo no seu cotidiano no Brasil.

Além dessa reivindicação, o atacante pediu para não arcar com taxas ou multas de qualquer natureza.

O patinete elétrico de Robinho é de um modelo semelhante a uma moto Scooter, o que teria provocado a apreensão.

A juíza Ariana Consani Gerônimo chegou a autorizar a retirada do veículo do pátio municipal. Porém, não liberou seu uso, já que, “com a vinda de informações, verificou-se que o veículo objeto da impetração deve ser tratado como 'veículo equiparado a ciclomotor”.

Condenação definitiva na Itália

Robinho e o seu amigo Ricardo Falco foram condenados em última instância pela Justiça italiana a nove anos de prisão por violência sexual de grupo cometida contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão.

O fato ocorreu em janeiro de 2013, quando Robinho defendia a equipe italiana do Milan. A sentença pela condenação pesou a troca de mensagens e escutas, nas quais o jogador fala sobre a noite do crime.

Em uma das mensagens, avisado por um amigo a respeito da investigação, Robinho disse, em tom despreocupado: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.

Conforme a sentença da primeira instância, o ídolo do Santos Futebol Clube, Ricardo e outros quatro amigos abusaram sexualmente da jovem albanesa de 23 anos, dentro de uma casa noturna.

Ela estaria alcoolizada “ao ponto de ficar inconsciente” e teve relações sexuais em uma situação em que não era capaz de resistir ou se defender.