MEDO

VÍDEO: Ataque a refinaria ao lado de circuito põe GP de F1 em xeque na Arábia Saudita

Imagens de uma colossal coluna de fumaça negra, com labaredas impressionantes, deixaram organizadores em alerta. País árabe vive guerra com rebeldes do Iêmen, que disparam mísseis contra o reino do petróleo

Chamas da refinaria da Aramco, ao lado do autódromo onde será realizada a prova da Fórmula 1 (Twitter/Reprodução).
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Um ataque com foguetes disparados pelo grupo rebelde iemenita dos houthis explodiu nesta sexta-feira (25) uma refinaria na cidade de Jidá, a pouco quilômetros do autódromo onde deverá ocorrer o Grande Prêmio de Fórmula 1 da Arábia Saudita, no domingo (27). As instalações são da Aramco, a estatal petrolífera do reino, e as explosões assustadoras, que provocaram colossais colunas de fumaça negra e labaredas impressionantes ocorreram bem na hora dos treinos livres da categoria.

As ações dos iemenitas, normalmente realizadas com drones, como a desta sexta, se intensificaram com a proximidade do evento esportivo, possivelmente com a intenção de assustar os estrangeiros que participam da etapa da mais importante categoria do automobilismo mundial. As atividades no autódromo de Jidá chegaram a ser suspensas durante o dia.

A organização do GP da Arábia Saudita e as autoridades do reino garantiram que há segurança e condições para que os treinos sigam no sábado e a prova seja realizada no domingo, mas inúmeras fontes ligadas à cobertura do evento automobilístico afirmam que há possibilidade de as coisas mudarem e a corrida sequer ser realizada, caso os ataques aumentem de intensidade.

Guerra entre potências, sauditas e iemenitas

O conflito no Iêmen teve início após as chamadas “primaveras árabes”, em 2011, com a deposição do presidente Ali Abdullah Saleh e a chegada ao poder de seu vice, Abdrabbuh Mansour Hadi. No entanto, uma instabilidade generalizada tomou conta do país árabe, que viu extremistas ligados ao grupo Al-Qaeda e o movimento xiita Houthis tomarem o território pouco a pouco, com a prevalência deste último.

Como o grupo de potências internacionais formado por EUA, Reino Unido e França, aliado a vários países árabes, com destaque para a Arábia Saudita, é hostil aos rebeldes e pretende a volta ao poder de Hadi, essas nações viraram alvo dos iemenitas.

Veja o vídeo: