A Seleção dos Estados Unidos chega à Copa do Mundo do Catar 2022 sem esperanças de conquistar seu primeiro título na história, porém buscando oferecer ao seu torcedor uma participação digna, que coroe o bom momento que vive o futebol do país, com uma liga nacional mais bem financiada e com jogadores de renome internacional como o craque galês Gareth Bale, que atual pelo Los Angeles FC e será um dos adversários dos EUA no Grupo B do mundial.
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Os Estados Unidos obteve a sua melhor participação da história logo na primeira Copa do Mundo, em 1930, no Uruguai, onde terminou em terceiro lugar. Na Itália, em 1934, amargou a 16a posição, e em 1938, na França, desistiu de participar. Em 1950, no Brasil, fez a sua quarta participação em mundiais e voltou para casa com a décima colocação na classificação geral. O país ficou então 40 anos sem jogar a Copa do Mundo e o esporte acabou ofuscado dentro dos EUA por modalidades como basquete, beisebol e futebol americano.
O retomada do futebol no país foi marcada pela volta da sua seleção à Copa do Mundo de 1990, na Itália, quando foi eliminada na primeira fase. Mas nem tudo parecia triste para os estadunidenses, que sediariam o mundial seguinte, em 1994, trazendo mais recursos também para a sua liga nacional. Na ocasião o bom time dos EUA acabou eliminado pelo Brasil nas oitavas de final com gol do atacante Bebeto.
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Em 1998 na França, em 2010 na África do Sul e em 2014 no Brasil, os americanos acabaram sendo eliminados nas oitavas de final. Em 2002, na Coreia do Sul e Japão conseguiram alcançar as quartas de final, mas em 2006, na Alemanha, voltaram a cair na primeira fase. Os Estados Unidos não jogaram a última Copa do Mundo, na Rússia, em 2018, mas neste ano conseguiram fazer 25 pontos em 14 jogos pelas Eliminatórias da Concacaf e, em terceiro lugar na tabela, atrás de México e Canadá, classificaram-se para o mundial do Catar.
Os Estados Unidos estreiam na Copa do Mundo do Catar contra o País de Gales no próximo dia 21 de novembro (segunda-feira), às 16h de Brasília, no estádio Ahmad bin Ali. Pela segunda rodada do Grupo B, jogarão contra a Inglaterra na sexta-feira, 25 de novembro, no estádio Al Bayt, às 16h. Fechando sua participação na fase de grupos, os EUA encaram o Irã no dia 29 (terça-feira), no estádio Al Thumama, às 16h.
O que você precisa saber sobre a política nos EUA
O sistema político dos Estados Unidos é o de uma república constitucional federal. O país é composto por 50 estados que têm relativa autonomia e características próprias, mas que estão submetidos ao governo e parlamento centrais, localizados na capital Washington DC. O atual presidente é o democrata Joe Biden, que sucedeu o republicano de extrema-direita Donald Trump, 'professor' do presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL).
Após perder as eleições em 2020, o então presidente Trump se recusou a aceitar o resultado e em 6 de janeiro de 2021 seus apoiadores perpetraram uma invasão do Capitólio de Washington que buscava impedir a posse do novo presidente. Trump é hoje investigado por subtrair documentos importantes, incluindo ultrassecretos que versam sobre a segurança nacional dos EUA, após deixar a Casa Branca.
Na última terça-feira (8) os estadunidenses voltaram às urnas para eleições parlamentares e a “esperada onda republicana”, que viria no bojo das recentes aparições públicas de Trump, simplesmente não aconteceu e os democratas de Joe Biden mantiveram a maioria das 435 cadeiras da Câmara de Representantes e do Senado.
O que você precisa saber sobre a história dos EUA
Habitado por uma infinidade de povos e etnias indígenas antes da chegada da colonização inglesa no século XVI, os Estados Unidos passaram por um processo de genocídio da sua população originária muito parecido ao ocorrido no Brasil, antes mesmo de se entender como uma nação. Outra marca presente na sociedade estadunidense, e que também expressa na brasileira, são os resquícios da escravidão. Em níveis que não se equivalem, a população afro-americana também sofre preconceitos e violências física, econômica e simbólica em seu país.
Após uma longa guerra contra as tropas coloniais britânicas, a chamada Guerra Revolucionária Americana, as treze colônias na costa leste declaram sua independência do Reino Unido em 4 de julho 1776. O primeiro presidente e comandante das tropas foi George Washington. A partir daí, com o reconhecimento internacional da sua independência, os Estados Unidos da América começaram sua expansão rumo ao oeste, de onde subtraíram terras de diversos povos indígenas e do vizinho México, até configurar suas fronteiras atuais. O processo não foi nada pacífico.
Quase um século depois da independência, tensões entre os chamados “estados livres” do norte e os estados do sul que mantinham a escravização de africanos e afro-americanos, eclodiu a Guerra Civil Americana, ou Guerra de Secessão, após a eleição do abolicionista Abraham Lincoln como presidente em 1860. Antes da sua tomada de posse, sete estados escravagistas declararam o novo governo ilegal e se juntaram sob a bandeira dos Estados Confederados da América, utilizada até os dias atuais pela extrema-direita estadunidense.
Os confederados perderam a guerra cinco anos mais tarde. Após o conflito, os estados vencedores rapidamente se industrializaram e receberam um enorme contingente de trabalhadores imigrantes vindos da Europa que acelerou o processo industrial. A partir daí o país começou a se tornar uma potência industrial no norte, enquanto o sul se manteve agropecuarista e o oeste ia sendo cada vez mais ocupado.
Os Estados Unidos entraram e venceram na Primeira e na Segunda Guerra Mundial. Após o fim do segundo conflito global, rivalizou com a União Soviética durante toda a guerra fria pela posição de principal global. Para isso tornou-se uma potência industrial, militar e financeira. Entre outras coisas, financiou a reconstrução da Europa Ocidental e, com seus recursos, os europeus ocidentais puderam desenvolver seus estados de bem-estar que rivalizavam o coração dos trabalhadores de todo o mundo com o Estado proletário soviético. O período também por inúmeras invasões militares de territórios de países do então chamado "terceiro mundo", em nome da "democracia e da liberdade". A mais famosa foi a invasão do Vietnã.
A partir dos anos 90, com o colapso da União Soviética, os Estados Unidos se viram pela primeira vez como a principal potência global. Sua presença pode ser notada em casa país do mundo, seja cultural, política, econômica ou militar. Após os atentador de 11 de setembro de 2001, patrocinaram uma escalada global de militarização dos Estados e sociedades em redor do planeta e promoveram mais invasões, dessa vez em nome do 'combate do terrorismo'.
O que você precisa saber sobre a economia dos EUA
Os Estados Unidos têm a maior economia do mundo e um PIB que bate os 23 trilhões de dólares e é maior do que todos os PIBs dos demais países da Copa do Mundo somados. Com uma população de mais de 330 milhões de habitantes, a renda per capita dos EUA gira em torno de 70 mil dólares. O dólar, aliás, é bom lembrar, são é apenas a moeda estadunidense, mas a moeda mais utilizada no planeta, sobretudo em reservas de cambio de outras nações.
A economia dos Estados Unidos é bastante diversificada e mista, ou seja, funciona tanto pela mão do Estado como da iniciativa privada, além de estender-se por diversos setores. A infraestrutura desenvolvida e os recursos naturais abundantes no enorme território garantem o crescimento econômico dos EUA desde a sua gênese. O setor privado constitui mais de 50% da economia do país que é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e, também, o maior importador da commoditie. Os EUA são os maiores produtores do mundo de energia elétrica, energia nuclear, gás natural liquefeito, enxofre, fosfatos e sal. Sua agricultura, apesar de grande, representa cerca de 1% do PIB.
Além disso, o país é a principal 'locomotiva' do mundo corporativo multinacional tendo uma centena entre as maiores corporações do planeta. Destacam-se, entre elas, a Coca Cola, o Mc Donalds e mais recentemente as big techs: Google, Facebook, Microsoft e Apple. O sistema financeiro, tendo a Bolsa de Valores de Nova Iorque como carro-chefe, também é um importante setor para a economia do país.
O que você precisa saber sobre a Cultura dos EUA
Os Estados Unidos são um país multicultural e lar de uma série de diferentes culturas, povos e etnias. A cultura geral do país é a chamada cultura ocidental, herdada em grande medida do Iluminismo europeu que inspirou a independência e a formação da identidade do país. No entanto também são agregados elementos africanos, indígenas e das diversas nações que viram seus cidadãos emigrarem para o país.
O inglês não é necessariamente a língua oficial do país, ainda que falado por toda a população e tendo caráter oficial em muitos estados. O espanhol também é amplamente falado no país, sobretudo em estados como o Novo México, onde também é previsto como idioma oficial. São mais de 30 milhões de falantes de espanhol no país e mais de 5 milhões de pessoas que falam idiomas nativos dos povos originários. O quarto lugar fica com o chinês, seguido pelo francês.
Os EUA também gozam historicamente de liberdade religiosa, e a fé se divide basicamente entre católicos, protestantes e cidadãos que não têm religião. Também estão presentes budismo, hinduísmo, judaísmo, islamismo e denominações alternativas do cristianismo como os mórmons.
Na produção do cultural do país destaca-se o cinema, sobretudo o produzido em Hollywood, na Califórnia, e mais assistido mundialmente. Na literatura nomes como Ernest Hemingway (1954), Toni Morrison (1993) e o cantor e escritor Bob Dylan (2016) venceram prêmios Nobel. Hemingway é apontado como o escritor mais influente do mundo no século XX. O teatro estadunidense também ganhou os aplausos de todo o mundo, sobretudo as peças exibidas nos teatros da Broadway, em Nova Iorque. Entre os gêneros teatrais, os EUA são o grande expoente global dos musicais.
Também nos quadrinhos o país se destaca. Lar tanto da Marvel como da DC Comics, os estadunidenses criaram famosos super-heróis como Batman, Super-Homem, Homem-Aranha, Hulk, Homem de Ferro, Mulher Maravilha e tantos outros que fazem sucesso não apenas nos quadrinhos, mas sobretudo no cinema na última década.
A seleção dos EUA: Os jogadores que vão participar da Copa
A seleção dos Estados Unidos conta com um time experiente que mescla jogadores da sua própria liga nacional, que vem ganhando em qualidade esportiva e investimentos nos últimos anos, com jogadores que atuam na Europa, sobretudo na Itália e na Inglaterra.
Entre os destaques está o lateral-direito Sergiño Dest, atualmente no Milan, da Itália, mas que já teve passagens por Ajax (Holanda) e Barcelona (Espanha). Dest é nascido em Almere, na Holanda, mas possui dupla cidadania.
No meio de campo, o principal destaque é Weston McKennie, de apenas 24 anos. Ele jogou no Schalke 04 da Alemanha entre 2017 e 2020 e está há dois anos atuando pela Juventus, da Itália. Pela seleção dos Estados Unidos, já realizou 37 jogos e marcou 9 gols.
No ataque, os EUA contam com Yunus Musah, atualmente no Valência da Espanha, e com Christian Pulisic, atacante do forte time do Chelsea, da Inglaterra. Nascido em Nova Iorque em 2002, Musah tem apenas 19 anos e é uma das principais promessas do futebol dos Estados Unidos. Já Pusilic começou sua carreira em 2016 no Borussia Dortmund da Alemanha, onde permaneceu até 2019 e marcou 19 gols em 127 jogos. Desde então está no Chelsea, onde já jogou 115 partidas e marcou 26 gols. Pela seleção dos Estados Unidos, Pusilic marcou 21 gols em 51 jogos.