Assange diz que anúncio de Obama sobre espionagem é “vitória de Snowden”

Fundador do Wikileaks considera que cidadãos de todo o mundo devem agradecer a norte-americano

(Foto: Wikimedia Commons)
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Fundador do Wikileaks considera que cidadãos de todo o mundo devem agradecer a norte-americano

Do Opera Mundi 

Para Julian Assange, fundador do Wikileaks, o anúncio feito pelo presidente norte-americano Barack Obama de que limitaria o alcance dos programas de espionagem dos EUA foi uma “vitória” para o ex-analista da CIA Edward Snowden, responsável pelo vazamento de informações sobre as operações de vigilância.

"O presidente dos Estados Unidos validou o papel de Edward Snowden como delator, anunciando planos para reformar o programa de vigilância global norte-americano", disse em comunicado.

[caption id="attachment_28729" align="aligncenter" width="600"] Fundador do Wikileaks, Julian Assange: ele considera que não haveria mudanças sem as revelações de Edward Snowden (Foto: Wikimedia Commons)[/caption]

Assange afirmou que essa atitude do governo dos EUA é “uma vitória para Snowden e seus muitos seguidores. Como ele mesmo disse, o que mais o preocupava é que depois de tais revelações não se produzisse nenhuma melhora. Agora essas mudanças encontraram seu caminho e o presidente [Barack Obama], o povo norte-americano e os cidadãos de todos os países devem agradecer a Edward Snowden”.

 Nesta sexta-feira (09), Obama publicou dois documentos nos quais defende o funcionamento dos programas de espionagem das comunicações que os Estados Unidos realizam, mas garantiu, ao mesmo tempo, que havia “revisões” a serem feitas.

O fundador do Wikileaks, que há mais de um ano se encontra asilado na embaixada do Equador em Londres, considera que esse êxito foi conseguido através das revelações de Snowden, sem as quais “ninguém saberia sobre os programas e nenhuma reforma poderia acontecer”.

Atualmente, o paradeiro de Edward Snowden é desconhecido. Sabe-se que, após a Rússia ter-lhe concedido asilo temporário de um ano, ele deixou o aeroporto onde se encontrava desde o dia 23 de junho, mas seu advogado não quis informar para onde tinha ido, por motivos de segurança. Autoridades de Moscou afirmaram que ele não registrou pedido de residência na cidade.