DiCaprio: ação pelo clima não é questão de política, mas de sobrevivência

Escolhido como Mensageiro da Paz da ONU, o ator Leonardo DiCaprio se apresentou não como um especialista na "crise do clima", mas como um "cidadão preocupado". Em seu discurso, ele alertou para os efeitos do aquecimento global, como a acidificação dos oceanos e o derretimento das geleiras da Groelândia.

Foto:Cia Pak/ UN Photo
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Escolhido como Mensageiro da Paz da ONU, o ator Leonardo DiCaprio se apresentou não como um especialista na "crise do clima", mas como um "cidadão preocupado". Em seu discurso, ele alertou para os efeitos do aquecimento global, como a acidificação dos oceanos e o derretimento das geleiras da Groelândia Por Redação, com informações da Rádio ONU

Discursando na Assembleia Geral da ONU durante a Cúpula Climática, o ator norte-americano Leonardo DiCaprio, recentemente nomeado como Mensageiro da Paz da ONU, afirmou que não basta mais pedir às pessoas que troquem lâmpadas ou comprem carros híbridos, pois o "desastre cresceu além das escolhas feitas por indivíduos".

Segundo DiCaprio, todas as semanas surgem evidências dos efeitos do aquecimento global, como aumento das secas, acidificação dos oceanos e derretimento das geleiras da Groelândia "em um nível sem precedentes". Além disso, ele também fez um apelo às indústrias e aos governos de todo o mundo para que tomem uma ação decisiva e em larga escala. DiCaprio sugeriu um preço para as emissões de carbono e o fim dos subsídios governamentais para todas as companhias de petróleo, carvão e gás.

 O ator - que se apresentou não como um especialista na "crise do clima", mas como um "cidadão preocupado" - ainda afirmou que ar limpo e um clima tolerável são direitos humanos e resolver esta crise não é apenas uma questão de política, mas de sobrevivência.

Quem também marcou presença no evento foi o ex-vice-presidente dos EUA e ganhador do Nobel da Paz Al Gore. Para ele, agir contra a mudança climática não deve ser considerada uma questão de escolha entre economia e ambiente e disse acreditar que, em seis anos, cerca de 80% da população do planeta estará vivendo em regiões onde a energia limpa irá custar o mesmo ou até menos do que a energia baseada em carbono. Segundo ele, atualmente o preço da energia solar já é mais barato do que a eletricidade comum em 79 países.

Foto de capa: ONU/Cia Pak