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Em movimento de repressão que teve início após a tentativa de golpe de estado pelo Exército, a Turquia anulou 21 mil licenças de professores e afastou 1577 reitores de universidades em todo o território
Por Redação
Após a tentativa de golpe por parte dos militares na Turquia, na última sexta-feira (15), o governo de Erdogan iniciou uma onda de repressão, prisões e medidas questionáveis. Depois de o chefe dos serviços de segurança pública da polícia turca dar ordem para abater helicópteros sem aviso prévio, o novo alvo da repressão governamental no país foi a educação.
Hoje (19) pela manhã o presidente turco Recep Tayyip Erdogan disse à comunidade internacional que não há “espírito de vingança” contra envolvidos na tentativa de golpe. Mais tarde, o governo anunciou o afastamento de 15 mil funcionários do Ministério da Educação, anulação de 21 mil licenças de professores e afastamento de 1577 reitores de universidades.
Depois das mais de 290 mortes na madrugada de sexta para sábado (16), o governo classificou os militares envolvidos como terroristas e tem sugerido o retorno da pena de morte, visando punir envolvidos. O Ministério da Educação havia emitido nota afirmando envolvimento de cerca de 15 mil funcionários com imã Fethulla Gülen, acusado de ser a liderança por trás da tentativa de golpe.
Além desses afastamentos, outros 20 mil militares e servidores civis foram presos ou destituídos de suas posições por envolvimento com a oposição que tentou tomar o poder na madruga de sábado. Imagens de soldados que se renderam sendo humilhados circularam pelas redes e provocaram a reação da comunidade internacional, que pediu ao governo turco respeito ao Estado de Direito.
Foto: Kayhan Ozer/Anadolu Agency/Getty Images