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A posição do presidente Jair Bolsonaro sobre o golpe na Bolívia contra o presidente Evo Morales mudou de acordo com a repercussão nas redes. Depois de exaltar o voto em papel para dizer que havia fraude no país - que adota o voto em papel -, Bolsonaro disse que não comemoraria e, por fim, celebrou a queda de Morales.
"Denúncias de fraudes nas eleições culminaram na renúncia do Presidente Evo Morales. A lição que fica para nós é a necessidade, em nome da democracia e transparência, contagem de votos que possam ser auditados. O VOTO IMPRESSO é sinal de clareza para o Brasil!", publicou Bolsonaro por volta das 19h.
Em seguida, o presidente falou ao O Globo e declarou que "não é bom acontecer esse tipo de movimento". "Eu sei que lá foi contra a esquerda, mas a gente não quer nem contra a esquerda nem contra a direita. A gente quer que, acabou, tem dúvida, vai lá e conta, abre a urna lá, o voto impresso e conta. Só vou dar uma observação sobre o que levou à renúncia do Evo Morales: um sinal que nós aqui no Brasil precisamos de um sistema de votação seguro. Esse que está aí não serve. Esse que está aí leva a esse tipo de problema", afirmou.
Mais tarde, após diversos apoiadores celebrarem o golpe contra ex-líder sindical boliviano, Bolsonaro comemorou. "GRANDE DIA ????!", postou.
Argentina
Enquanto o Brasil nega a tese do golpe, o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, condenou o rompimento institucional e defendeu que sejam realizadas eleições livres o mais rápido possível. “Na Bolívia, um golpe de estado foi consumado como resultado das ações conjuntas de civis violentos, pessoal policial aquartelado e passividade do exército. É um golpe perpetrado contra o presidente Evo Morales, que pedia um novo processo eleitoral”, declarou Fernández.
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1193651651711819778
https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1193679648703553543
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