Marielle Franco é lembrada na marcha das mulheres de Berlim

A marcha que marca o Dia Internacional da Mulher na capital alemã foi aberta com a fala de uma ativista que lembrou da "situação preocupante" no Brasil diante da eleição de Jair Bolsonaro; manifestação reuniu mais de 10 mil pessoas

Reprodução/Twitter Oriol Serra
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O internacionalismo na luta das mulheres se fez presente, na tarde desta sexta-feira (8), na marcha que marca o Dia Internacional da Mulher em Berlim (Alemanha). A situação brasileira, apesar dos mais de 9 mil quilômetros que separam os dois países, foi lembrada logo na abertura da marcha por uma das ativistas alemãs. Segundo conta a jornalista Clarissa Neher, em matéria publicada canal público de comunicação da Alemanha, Deutsche Welle (DW), uma das ativistas abriu a marcha, durante a concentração na praça Alexanderplatz, destacando dados sobre a violência contra as mulheres no Brasil. Ela detalhou que a cada nove minutos uma mulher é estuprada no país e que mais de 4,2 mil brasileiras foram mortas no ano passado. Para a ativista alemã, a situação para as mulheres no Brasil é "preocupante" uma vez que o país acaba de eleger um presidente "que em diversos momentos deixou transparecer seu sexismo, machismo e homofobia". No discurso de abertura da marcha, foi lembrado ainda o movimento #EleNão, contra Jair Bolsonaro, e houve críticas contra o apoio do banco alemão Deutsche Bank à eleição de Bolsonaro. Ao final do discurso, a vereadora Marielle Franco, assassinada há quase um ano no Rio de Janeiro, foi homenageada com um grito de "Marielle, presente!" e aplausos dos manifestantes. Comemorado desde o início do século XX, o Dia Internacional da Mulher, em Berlim, foi transformado em feriado neste ano. Saiba mais sobre a marcha das alemãs na reportagem do Deutsche Welle Brasil.