Venezuela pede formalmente extradição de desertores que pediram refúgio a Bolsonaro

Presidente já preparava condições de asilo aos militares, responsáveis por assalto a um quartel perto da fronteira, em dezembro

Nicolás Maduro e Jair Bolsonaro (Montagem)
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A Procuradoria Geral da Venezuela pediu nesta quinta-feira (2) ao Brasil a extradição de cinco desertores do exército venezuelano que teriam participado de ataque a um quartel perto da fronteira, em dezembro. Eles pediram refúgio ao presidente Jair Bolsonaro após a ação, que já preparava condições de asilo aos militares.
O procurador-geral venezuelano, Tarek Saab, postou uma carta enviada nesta quinta ao procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitando formalmente a extradição. No entanto, o presidente Nicolás Maduro, assim como o Ministério das Relações Exteriores do país, já tinham feito a mesma solicitação anteriormente ao Brasil.
O ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, chegou a afirmar no Twitter que o governo de Bolsonaro é cúmplice de uma nova tentativa fracassada de golpe contra Nicolás Maduro. O assalto ao Batalhão de infantaria de Selva de Gran Sabana pelos militares, quando roubaram 120 fuzis e 9 lança-foguetes, deixando um militar morto, seria parte de um novo plano para desestabilizar o governo Maduro, segundo reportagem do O Globo.
“Cúmplices! A mídia brasileira confirma que o governo de @jairbolsonaro apoiou os violentos planos de ataques armados na Venezuela, permaneceu em comunicação e coordenação com a oposição do golpe e deu refúgio aos responsáveis”, tuitou Arreaza.