Hungria: parlamento aprova lei que proíbe adoção por casais gays

A definição do que é família também foi alterada na Constituição húngara, que agora só será reconhecida quando composta por "um pai, homem, e uma mãe, mulher"

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O Parlamento da Hungria aprovou uma lei nesta terça-feira que proíbe casais gays de adotarem. A projeto de Lei foi proposto pelo governo de extrema direita do primeiro-ministro Viktor Orban, cujo partido, o Fidesz, tem ampla maioria na casa parlamentar.

A lei aprovada também altera a definição de família na Constituição húngara: a partir de agora só serão reconhecidas como famílias as uniões que envolvam "a união entre um homem e uma mulher".

Pessoas solteiras só poderão adotar depois de obterem autorização do Ministério dos Assuntos Familiares. Neste sentido, a lei, além de proibir casais gays de adotarem, também impõe restrições às adoções monoparentais.

Pra completar, a nova emenda da Constituição determina que "os pais criem os filhos dentro da cultura cristã".

Braço direito de Orbán participava de orgias gays

O eurodeputado de extrema-direita, József Szájer, que fazia parte do Fidesz, partido do Primeiro-Ministro da Hungria, Viktor Orbán, foi pego pela polícia belga na última sexta-feira (27) em uma orgia no centro de Bruxelas em que participaram 25 homens, entre os quais ele e vários diplomatas.

József Szájer, eurodeputado desde 2004, é um dos fundadores do Fidesz e um dos maiores defensores da política de Orbán. O partido é considerado homofóbico e propôs, recentemente, uma reforma da Constituição para proibir a possibilidade de modificação legal do sexo atribuído no nascimento.