Vaticano libera utilização de vacinas contra Covid-19 produzidas com tecidos de fetos abortados

Em nota, o estado autônomo destaca que “como a pandemia é um perigo grave, essas vacinas podem ser usadas em boa-fé, com a ciência de que elas não são uma cooperação formal com o aborto”

Foto: Divulgação/Vatican News
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O Vaticano divulgou uma nota de sua congregação de doutrina, na qual afirma que é moralmente aceitável o uso de vacinas contra a Covid-19 mesmo que, durante a pesquisa, tenham sido utilizadas células derivadas de tecidos de fetos abortados.

A Pfizer e a Moderna, empresas que desenvolveram vacinas contra a Covid, usaram, na pesquisa, células que se originaram de tecidos de fetos abortados nas décadas de 1960 e 1970, replicadas desde então.

A nota do Vaticano destaca que “como a pandemia é um perigo grave, essas vacinas podem ser utilizadas, em boa-fé, com a ciência de que elas não são uma cooperação formal com o aborto do qual as células foram extraídas e do qual as vacinas derivam”.

Portanto, na avaliação do Vaticano, na ausência de imunizantes, produzidos a partir de outros materiais, “é moralmente aceitável receber a injeção das vacinas em cuja pesquisa foram usaram células cultivadas a partir de fetos abortados”.

Legitimação

“A vacina não constitui, nem mesmo de uma forma indireta, uma legitimação da prática do aborto”, diz outro trecho da nota.

A mensagem também pede que “a indústria farmacêutica desenvolva vacinas completamente éticas e que os governos e organizações internacionais as tornem acessíveis aos países pobres”.