Em meio a campanha por sua renúncia, presidente do Chile registra aprovação de 5,1%

Sebastián Piñera tem a avaliação mais baixa da história do país. Direita pede “respeito à legitimidade do cargo”, mas movimentos recordam golpe contra Allende, que tinha 46% de aprovação em 1973

Sebastián Piñera (foto: Twitter)
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A campanha pela renúncia do presidente chileno Sebastián Piñera ganhou um elemento a mais nesta quarta-feira (23), com a divulgação de uma pesquisa do instituto Activa Research, no qual o mandatário obteve apenas 5,1% de aprovação.

O apoio a Piñera neste mês de dezembro é o mais baixo registrado por um presidente chileno na história, e reforça a crise de legitimidade que seu governo sofre desde a revolta social de outubro de 2019.

A pesquisa também mostra que Piñera é desaprovado por 69,2% da população – nesse caso, não se trata de um recorde, já que em novembro de 2019 essa rejeição chegou a ser de 78,6%.

Diante desse cenário adverso, os partidos de direita vêm intensificando a campanha comunicacional sobre a necessidade de “respeitar a legitimidade do cargo”, como forma de rebater a pressão para que Piñera renuncie ao cargo.

Alguns movimentos de vítimas da ditadura de Augusto Pinochet, como a AFDD (Agrupação de Familiares de Detidos Desaparecidos), ironizaram o argumento piñerista, lembrando que a direita promoveu um golpe de Estado contra Salvador Allende em 1973, quando o então presidente tinha 46% de aprovação.