Sem dinheiro para se manter, 500 brasileiros em Portugal pedem repatriamento

Solicitações foram registradas pelo Consulado-Geral do Brasil em Lisboa até abril, que verificou situação de "grande vulnerabilidade" devido à pandemia de coronavírus

Consulado-Geral do Brasil em Lisboa, Portugal (Foto: Reprodução)
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O Consulado-Geral do Brasil em Lisboa, Portugal, registrou 500 pedidos de repatriamento de cidadãos brasileiros em situação de "grande vulnerabilidade" devido à pandemia de coronavírus, até ao final de abril.

De acordo com Eduardo Hosannah, cônsul-geral adjunto, são pessoas que "não têm mesmo mais condições para ficarem em Portugal e não têm dinheiro para a viagem", situações que foram verificadas pelo consulado.

Em entrevista nesta quarta-feira (20), Hosannah informou que a representação diplomática dará prioridade aos "casais com filhos e sem emprego, mulheres grávidas sem emprego, doentes e idosos, que não têm como ficar".

No entanto, desde abril brasileiros que residem em Portugal e turistas que ficaram presos pelas restrições aéreas tem reclamado na demora do atendimento a pedidos de ajuda e repatriamento. Empresas áreas também tem cancelados voos e colocado taxas de remarcação elevadas.

Sobre os viajantes, Hosannah destacou que já foram fretados seis voos pelo governo brasileiro, que levaram 1.800 pessoas. Contudo, ele admite que as três representações consulares do Brasil em Portugal ainda têm o registro de cerca de 800 pessoas retidas no país por cancelamentos de voos.

O consulado-geral do Brasil também anunciou nesta quarta que o governo brasileiro fretou mais um voo de repatriamento, que partirá na próxima sexta-feira, com destino a São Paulo. No entanto, quem não foi contatado pela autoridade diplomática, não deve ir ao aeroporto.

Quem está tentando deixar Portugal precisa fazer um cadastro nos consulados de Lisboa, Porto ou Faro para ser considerado em novos voos fretados.