Vídeo: Homens com capuz da Ku Klux Klan e bandeira de Trump tentam provocar manifestantes antirracismo nos EUA

Incidente aconteceu na cidade de Fallon, em Nevada. Os três homens, dois deles com capuz, queriam passar no meio da marcha em homenagem a George Floyd, mas a polícia local os impediu, evitando uma briga com os manifestantes

Homem com capuz da KKK e bandeira de Trump tenta provocar manifestantes antirracistas no EUA (foto: Twitter)
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O caso aconteceu no dia 8 de junho, na cidade de Fallon, no estado norte-americano de Nevada, mas o vídeo só viralizou recentemente. Nas imagens, é possível ver três homens, dois deles, com capuz da Ku Klux Klan caminhando na direção contrária a uma marcha antirracista em homenagem a George Floyd, com o claro intuito de chocar de frente com os manifestantes, em ação provocadora.

Além dos capuzes da Ku Klux Klan, um dos homens carregava duas bandeiras: uma dos Estados Unidos, e a outra era uma bandeira da campanha de Donald Trump à reeleição.

A polícia local, que acompanhava a manifestação antirracista, se antecipou ao encontro dos dois grupos e impediu que os provocadores se aproximassem da marcha. Um dos policiais fez uma advertência aos três homens e os obrigou a dar meia volta e a deixar o local, enquanto os manifestantes gritavam seus insultos contra o trio.

No vídeo, também é possível ver uma ativista negra que se adianta à marcha e pede aos demais manifestantes que não caiam na provocação dos racistas.

A Ku Klux Klan (ou KKK, sigla pela qual é conhecida) é um movimento de extrema-direita defensor da supremacia branca nos Estados Unidos. Surgiu no interior do país em meados do Século XIX, após a derrota dos escravagistas do Sul na Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-1865), e se caracteriza, em termos de vestuário, pelo capuz branco pontiagudo, como os utilizados pelos dois provocadores de Fallon.

Se supõe que o idealizador da KKK foi o general Nathan Bedford Forrest, cujo principal objetivo era impedir que a vitória do Norte, que significou a libertação dos escravos negros, resultasse também na integração social destes à sociedade estadunidense.

Com o tempo, a organização passou a ser a principal promotora no país de diversos tipos de preconceitos, incluindo o antissemitismo, a islamofobia e a discriminação contra imigrantes de uma forma geral.