Colômbia: 7 militares são acusados de estuprar menina indígena de 13 anos

O crime teria acontecido na segunda-feira (22), perto da cidade de Pueblo Rico, no noroeste do país. Presidente Iván Duque, de extrema direita, pediu investigação do caso, mas defendeu as Forças Armadas: “são exceções ruins”

Foto: El Tiempo
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A Colômbia foi sacudida nesta quarta-feira (24) com a notícia de um crime chocante que envolve as Forças Armadas do país: um grupo de sete militares cometeu estupro coletivo contra uma menina indígena de 13 anos, do povo Emberá-Chamí.

A crime teria acontecido na segunda-feira (22), em uma região selvática próxima à cidade de Pueblo Rico, no noroeste do país. O próprio exército colombiano reconheceu o crime, em um comunicado publicado horas depois que a notícia foi difundida, no qual informou que os suspeitos foram afastados de suas funções.

“Um grupo de soldados integrantes do Batalhão San Mateo estaria envolvido em um possível caso de abuso sexual, ao parecer, contra uma menor de idade, pertencente da comunidade indígena Emberá-Chamí. Este Comando repudia atos dessa natureza, que estão contra os valores institucionais do Exército Nacional, e uma vez se conheçam as decisões por parte das autoridades competentes, se tomarão, de forma imediata, as ações administrativas e/ou sancionatórias correspondentes”, indica o comunicado.

As Forças Armadas também garantiram que haverá uma investigação contra os militares afastados na Justiça Militar. Porém, a Unidade de Infância e Adolescência da Justiça de Família de Puerto Rico solicitou que eles também fossem julgados por um tribunal civil. As Forças Armadas não se manifestaram a respeito dessa possibilidade.

O presidente da Colômbia, Iván Duque, comentou o caso, mas também evitou falar em punição específica, e menos ainda em processo pela justiça comum.

Representante da extrema direita do seu país, Duque também defendeu as Forças Armadas, e disse que os autores do crime seriam “exceções ruins” dentro da instituição.

“Não toleramos nenhum tipo de abuso a menores de idade, e muito menos quando envolvem uniformizados que sujam a honra da instituição com seus atos ruins”, escreveu o mandatário colombiano, em sua conta de Twitter.