Magnata africano investe de 15 bilhões de dólares para transformar Nigéria em potência petroleira

O empresário nigeriano Aliko Dangote, conhecido como “o homem mais rico da África”, promete que seu projeto vai “virar o jogo” do mercado mundial de petróleo de gás

O magnata Aliko Dangote (foto: Africa Business Central)
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Ele pode não ser conhecido no Brasil, mas no resto do mundo o nome de Aliko Dangote é famoso, e costuma ser acompanhado do termo que define esse status: “o homem mais rico da África”. E este magnata nigeriano não só ostenta esse título como pretende fortalecê-lo através de um novo projeto, anunciado nesta segunda-feira (31), com o qual promete “virar o jogo” no mercado mundial de petróleo.

Dangote confirmou que suas empresas realizarão um investimento de 15 bilhões de dólares para construir na Nigéria as maiores refinarias de petróleo do mundo, além de uma planta de processamento de gás natural, outra de amônia e uma terceira planta, de processamento de ureia.

O empresário também afirmou que, segundo as projeções da equipe que o assessora no projeto, esse investimento elevará o PIB nigeriano em pelo menos 2,5% nos próximos 2 anos, e que isso mudará o status do país no cenário internacional.

“As recompensas serão altas e se tornarão um símbolo do progresso nigeriano, e do desenvolvimento revolucionário do abastecimento regional (do petróleo)”, afirmou o magnata, que está no 51º no ranking de maiores fortunas atualizado anualmente pela revista Forbes – e, como sua alcunha já indica, é o africano melhor posicionado na lista.

No entanto, a esperança de um futuro melhor para a Nigéria não passará somente pelo projeto apresentada por Dangote. Antes de ele sair do papel, o país terá que superar a crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus e os efeitos da queda do preço do petróleo – que já é a base da economia do país antes mesmo desse novo investimento.

Neste 2020, a naira (moeda local) sofreu duas fortes quedas, em março e em junho, e o FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê que a economia da Nigéria terminará o ano com uma retração de ao menos 5%.