Em seu discurso exibido nesta sexta-feira (25), na 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o Papa Francisco abordou a questão dos problemas ambientais que o mundo anda vivendo, e entre eles, destacou a “perigosa situação da Amazônia”, segundo suas próprias palavras.
Como aconteceu com todos os líderes mundiais participantes da assembleia, o chefe de Estado do Vaticano também teve seu pronunciamento gravado previamente, e exibido em um telão na sede do organismo multilateral, em Nova York.
Francisco evitou fazer uma crítica direta ao governo de Jair Bolsonaro, mas disse que “a situação da Amazônia e de seus povos indígenas requer muita a atenção, e nos lembra que a crise ambiental está intimamente ligada a uma crise social, e que o cuidado com o meio ambiente exige também uma política integrada para combater a pobreza e a exclusão”.
“Não devemos nos resignar em deixar para as próximas gerações a tarefa de resolver os problemas que as anteriores causaram, ou que não puderam solucionar. Devemos nos perguntar seriamente se existe, entre nós, vontade política para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas, e para ajudar as populações mais pobres e vulneráveis, que são as mais afetadas por esses problemas”, completou o pontífice. Para terminar, Francisco, alerta sobre “uma oportunidade para repensar nossa forma de vida e nossos sistemas econômicos e sociais, que estão ampliando as distâncias entre pobres e ricos, a partir de uma injusta divisão dos recursos (…) mas também pode ser uma possibilidade de retirada defensiva, com características individualistas e elitistas”.
A mensagem completa do Papa na Assembleia Geral da ONU pode ser conferida na página da ACI Prensa, especializada em notícias sobre o Vaticano.