Bolsonaro ganha votação de "personalidade do ano" da Time após mutirão de apoiadores

O próprio Bolsonaro chegou a pedir votos de apoiadores em live; decisão final sobre "personalidade do ano", no entanto, será feita pelos editores da revista estadunidense

Bolsonaro pede votos para "personalidade do ano" da Time durante live (Reprodução)
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O presidente Jair Bolsonaro foi o ganhador da eleição popular para "personalidade do ano" da revista estadunidense Time. O anúncio foi feito pela própria publicação nesta terça-feira (7).

Segundo a própria revista, a personalidade do ano é quem mais afetou as notícias ou vidas, para melhor ou pior, durante os últimos 12 meses. A votação que Bolsonaro venceu, com 24% de um total de 9 milhões de votos, foi aberta ao público. A decisão final sobre a "personalidade do ano", no entanto, é feita pelos editores da Time e deve ser anunciada em 13 de dezembro.

O segundo lugar na votação popular para "personalidade do ano" ficou com Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos. Os profissionais da saúde que atuam na linha de frente do combate ao coronavírus ficaram com a terceira posição.

O próprio Bolsonaro chegou pedir votos para si mesmo durante live nas redes sociais feita em novembro. Em grupos de Telegram, apoiadores do presidente, ao longo de todo o último mês e início de dezembro, fizeram mutirões para votar.

Desaprovação crescente e fake news

No texto em que anuncia a vitória de Bolsonaro na votação popular para "personalidade do ano", a Time destacou que o presidente brasileiro enfrenta "desaprovação crescente" por conta "do modo como lida com a economia", enfatizando ainda que ele "enfrenta críticas generalizadas de políticos, tribunais e especialistas em saúde pública por minimizar a gravidade da COVID-19 e exibir ceticismo em relação à vacina".

A Time citou, ainda, que Bolsonaro, recentemente, foi cobrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ter sugerido "falsamente" que pessoas vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo Aids, lembrando que, por conta dessa declaração, ele foi punido pelo Instagram e Facebook.

"Um relatório do Senado brasileiro em outubro recomendou que o presidente fosse indiciado por várias acusações criminais por administrar mal a resposta do país à pandemia, que já matou mais de 600.000 pessoas no Brasil. Bolsonaro negou repetidamente qualquer irregularidade", pontua a revista.