Guardas dos EUA usam chicotes e cavalos em haitianos; veja vídeo

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, condenou o ataque: “não consigo imaginar que contexto tornaria isso apropriado”

Foto: Reprodução
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A imagem da Guarda da fronteira dos EUA com o México, atacando migrantes haitianos com chicotes e cavalos à beira do rio Texas, entre Ciudad Acuna e o extenso acampamento do outro lado da fronteira em Del Rio, chocou o planeta.

Após o vídeo explodir nas redes sociais, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou em entrevista coletiva: "não acho que ninguém vendo essa filmagem pensaria que era aceitável ou apropriado", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, a repórteres.

“Não tenho o contexto completo. Não consigo imaginar que contexto tornaria isso apropriado”, acrescentou ela.

As imagens veiculadas pela Agência Reuters mostra oficiais montados usando chapéus de cowboy bloqueando o caminho dos migrantes, e um oficial desenrolando uma corda semelhante a um laço, que ele balançou perto do rosto de um migrante.

https://twitter.com/Reuters/status/1440272091673026567

Inúmeras comentários davam conta que a imagem de haitianos perseguidos por oficiais brancos a cavalo tinha ecos das injustiças históricas sofridas pelos negros nos Estados Unidos.

O chefe da patrulha de fronteira dos EUA, Raul Ortiz, disse que o incidente está sendo investigado para garantir que não haja uma resposta "inaceitável" por parte das autoridades. Ele disse que os policiais estavam operando em um ambiente difícil, tentando garantir a segurança dos migrantes enquanto procuravam por contrabandistas em potencial.

O secretário do Departamento de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, disse que as longas rédeas são usadas por oficiais montados para "garantir o controle do cavalo".

"Mas vamos investigar os fatos", afirmou durante entrevista coletiva em Del Rio.

O acampamento sob uma ponte que atravessa o Rio Grande foi um lar temporário para mais de 12.000 migrantes, embora o governador do Texas, Greg Abbott, tenha dito que o número chegou a 16.000 no sábado. Muitos viajaram de lugares distantes ao sul, até o Chile, na esperança de solicitar asilo nos Estados Unidos.

Na segunda-feira, quando as temperaturas subiram para 40 graus Celsius, os migrantes reclamaram da contínua escassez de comida e água no acampamento.

Durante o dia, centenas de migrantes voltaram para o lado mexicano, incluindo famílias com crianças pequenas, carregando mochilas, malas e pertences em sacos plásticos acima de suas cabeças.

“Esse tratamento que eles estão dando é racismo, por causa da cor da nossa pele”, disse Maxon Prudhomme, um migrante haitiano nas margens do Rio Grande, no México.

Com informações da Reuters

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