Referendo: 64% dos suíços aprovam matrimônio gay e adoção de crianças por esses casais

Quase dois terços da população decidiram colocar fim à proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo. País era um dos últimos da Europa a manter esse tipo de veto

Imagem: CNN (Reprodução)
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Uma consulta popular realizada neste domingo (26) na Suíça colocou fim à anacrônica proibição do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país. Por um expressivo placar de 64,1% a favor contra 35,9% contrários, o matrimônio entre dois homens ou duas mulheres está legalizado na pequena nação montanhosa do centro da Europa, uma das últimas do continente a proibir esses enlaces.

No mesmo referendo, outras perguntas foram submetidas à apreciação da população, que decidiu também pela permissão de adoção de crianças por casais formados por pessoas do mesmo sexo e o acesso a um banco de esperma para fertilização para casais de lésbicas.

“Estamos muito felizes e aliviados”, afirmou Antonia Hauswirth, líder do comitê nacional "Casamento para Todos", que encampou a luta por direitos iguais para os casais homoafetivos.

Extrema direita frustrada

Monika Rueegger, liderança da sigla SVP (Partido do Povo Suíço), afirmou que estava desapontada e que a decisão não era uma simples consulta sobre as relações sentimentais dos gays, repetindo as já conhecidas teses ultrarreacionárias para defender posições que violam direitos de terceiros.

"Não se tratava de amor e sentimentos, mas do bem-estar das crianças. Crianças e pais são os perdedores aqui", falou Monika à agência internacional Reuters.