Argentina: Chega a 17 o número de mortos por cocaína envenenada

Droga adulterada com raticida foi distribuída, segundo apuração inicial, em quatro distritos de Buenos Aires. Há pelo menos 50 pessoas internadas em hospitais da região metropolitana, informa imprensa local

Polícia Federal Argentina (Redes sociais)
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Uma carga de cocaína envenenada com o que as autoridades sanitárias acreditam ser raticida já causou a morte de pelo menos 17 pessoas nos distritos de Hurlingham, Tres de Febrero, San Martín e Ituzaingó, na Região Metropolitana de Buenos Aires, capital da Argentina.

Os casos começaram a surgir no último fim de semana e a polícia portenha ainda não sabe se a mistura letal no entorpecente se deu de forma intencional ou acidental. Outros 50 usuários seguem internados em hospitais de toda a metrópole e Ministério da Saúde da Província de Buenos Aires crê que o número de vítimas fatais pode aumentar nos próximos dias.

Alguns médicos que tratam vítimas envenenadas afirmaram ao diário Clarín que talvez a substância usada para “batizar” a cocaína possa não ser raticida, mas sim algum tipo de opioide, já que alguns pacientes reagiram bem a antídotos contra esse componente químico.

Chefes da Polícia Federal Argentina do setor de narcóticos investigam denúncias de que os episódios possam ter sido desencadeados deliberadamente numa guerra entre traficantes dessas áreas buenairenses. Uma favela chamada Puerta 8, em Tres de Febrero, foi ocupada por agentes fortemente armados nesta quarta-feira (2), que prenderam suspeitos e apreenderam algumas cargas de cocaína que já foram enviadas para análise laboratorial. A intenção é descobrir se essas amostras estão contaminadas como as que causaram mortes e internações.