GUERRA NA UCRÂNIA

Itamaraty solta nota fria em que pede suspensão de operações russas

O órgão informou ainda que a embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta e priorizará a proteção dos cerca de 500 cidadãos brasileiros na Ucrânia

Itamaraty.Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministério das Relações Exteriores publicou nota oficial nesta quinta-feira (24), em que afirma que "acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares" russas. Além disso, o Itamaraty disse ainda que “apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão".

A nota é a primeira manifestação oficial do governo brasileiro. O presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve na Rússia na semana passada ao lado do presidente Vladimir Putin, ainda não se manifestou.

Desde o início da madrugada, a maioria dos líderes mundiais foram contrários à invasão da Rússia na Ucrânia.

Brasileiros na Ucrânia

O Itamaraty informou ainda que a embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta e priorizará a proteção dos cerca de 500 cidadãos brasileiros na Ucrânia, diante do agravamento dos ataques russos. A embaixada solicitou que os brasileiros em território ucraniano, em particular aos que se encontrem no leste do país e outras regiões em condições de conflito, que mantenham contato diário com a representação.

Confira a nota na íntegra:

O Governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia.

O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil.

Como membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Brasil permanece engajado nas discussões multilaterais com vistas a uma solução pacífica, em linha com a tradição diplomática brasileira e na defesa de soluções orientadas pela Carta das Nações Unidas e pelo direito internacional, sobretudo os princípios da não intervenção, da soberania e integridade territorial dos Estados e da solução pacífica das controvérsias.