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Qual a posição da China na guerra Rússia x Ucrânia?

Em comunicado, embaixada pede a cidadãos que moram em Kiev que fixem a bandeira da China em seus carros ao deixarem a capital ucraniana.

Vladimir Putin e Xi Jinping.Vladimir Putin e Xi jinpingCréditos: Xinhua
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Principal potência militar do mundo ao lado dos EUA, a China ainda não se pronunciou oficialmente sobre a guerra declarada pelo presidente russo Vladimir Putin na Ucrânia, que teve início na madrugada nesta quinta-feira (24).

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A embaixada em Kiev, capital ucraniana, emitiu alerta aos chineses que vivem no país, dizendo que "a ordem social é caótica e fora de controle" e pediu para que fiquem longe das janelas para evitar ferimentos acidentais.

O comunicado diz ainda para os chineses "fixarem a bandeira chinesa em um local de destaque em seu carro”, caso estejam no comboio formado para deixar a capital ucraniana. 

Na última posição oficial do governo chinês nesta quarta-feira (23), após reunião de emergência do Conselho de Segurança, Zhang Jun, representante permanente da China nas Nações Unidas, evitou críticas diretas à Rússia e afirmou que "todas as partes pertinentes devem exercer contenção e evitar tomar qualquer ação que possa agravar as tensões".

"A China tem prestado atenção à evolução da situação na Ucrânia. A posição da China sobre a salvaguarda da soberania e integridade territorial de todos os Estados tem sido consistente. Os propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas devem ser mantidos conjuntamente", ressaltou.

O embaixador chinês ainda fez coro com Putin sobre a "teia de fatores históricos" que envolve a relação entre Rússia e Ucrânia e "atuais", em relação à tentativa da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan) cooptar o país para se aproximar da fronteira russa.

"Notamos que a questão da Ucrânia está enraizada numa complexa teia de fatores históricos e atuais. Uma interação desses fatores levou a situação até este ponto".

A declaração, antes do anúncio de guerra de Putin, pede ainda empenho no diálogo e a busca de solução por "meios pacíficos".

"A China pede a todas as partes que reconheçam a importância da implementação do princípio da segurança indivisível, que continuem a empenhar-se no diálogo e na consulta, e que procurem soluções razoáveis que abordem as preocupações umas das outras através de meios pacíficos e com base na igualdade e no respeito mútuo. Saudamos e encorajamos todos os esforços no sentido de facilitar uma solução diplomática", afirmou Jun.