GUERRA DE NARRATIVAS

Ex-oficial da inteligência dos EUA nega que Rússia esteja atacando civis na Ucrânia deliberadamente

Scott Ritter, que também atuou como funcionário da ONU, afirma que não é verdade que os russos ares estejam atacando civis deliberadamente na Ucrânia

Créditos: Isac Nóbrega/PR
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Scott Ritter, ex-oficial da Inteligência da Marinha dos Estados Unidos e ex-funcionário da ONU, afirmou que não é verdade que a Rússia esteja atacando civis ucranianos deliberadamente, como faz crer a imprensa ocidental, e destacou que a estratégia dos russos é a de causar o menor número de mortes possível na Ucrânia diante da guerra. 

Em entrevista ao jornalista estadunidense Lee Camp, o ex-oficial dos EUA destacou que a Rússia tem agido com o objetivo de causar o mínimo de mortes possível e não é verdade que os militares estejam atacando civis deliberadamente

"O que [a mídia ocidental] não conta é que os russos enviaram uma missão de reconhecimento antes daquela que foi emboscada e atacada por forças ucranianas que estavam na área residencial. Me desculpem, mas fica claro que o objetivo é militar", completou.

O ex-militar ainda contrariou a posição de analistas que afirmam que a Rússia está avançando lentamente na Ucrânia por conta da resistência do país invadido. Ritter afirmou que o avanço da Rússia sobre a Ucrânia pode ser considerado o mais rápido da história tendo em vista que os ucranianos contam com um exército de 260 mil soldados na ativa e mais 300 mil militares treinados pela Otan e pelos Estados Unidos. 

"Se alguém diz que o progresso é muito lento, não, não é lento, é o mais rápido da história", afirmou. Alguns analistas tem apontado uma suposta demora na tomada da capital Kiev pelos russos.

"Para mim, como para todos, foi uma surpresa completa que eles começaram a operação com uma mão literalmente amarrada nas costas. Eles tentam minimizar as baixas civis e a destruição da infraestrutura civil. A guerra é uma ciência inexata, sempre que a luta ocorre em áreas onde as pessoas vivem, as pessoas pagam o preço mais alto", destacou.

Para Ritter, "os russos estão falhando em apenas um aspecto agora, que é a propaganda".