O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (8) a proibição da importação do petróleo e gás natural da Rússia.
Biden declarou que a medida foi tomada em comum acordo com os países da União Europeia.
O departamento de Energia da Casa Branca declarou que nas últimas duas semanas de fevereiro as importações russas de petróleo caíram para zero quando as empresas americanas cortaram laços com a Rússia.
Hoje, as importações dos EUA da Rússia representam uma pequena fatia do universo energético, cerca de 8% em 2021, das quais apenas cerca de 3% era petróleo bruto.
"Consequências catastróficas"
Em declaração realizada na manhã desta terça-feira (8) o governo da Rússia ameaçou cortar o fornecimento de gás para a Europa caso as sanções econômicas sejam estendidas para o setor energético. Tal punição à Rússia já foi discutida pela União Europeia, mas não foi aprovada até que fontes alternativas sejam encontradas. A Rússia é o principal fornecedor de gás da região.
Atualmente, a Rússia é responsável pelo fornecimento de cerca de 40% do gás natural consumido pela Europa.
"Em conexão com acusações infundadas contra a Rússia e a imposição da proibição do Nord Stream II, temos todo o direito de tomar uma decisão correspondente e impor um embargo ao bombeamento de gás através do Gasoduto Nord Stream I. Mas até agora não tomando tal decisão", declarou o vice primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, nesta terça-feira (8).
Novak também declarou que se a União Europeia e os EUA decidirem impor uma rejeição ao petróleo russo, haverá "consequências catastróficas".
"Está absolutamente claro que a rejeição do petróleo russo vai levar a consequências catastróficas para o mercado global. A subida dos preços será imprevisível. Será US$ 300 por barril, se não mais", declarou Novak.