OBSCURANTISMO

Joe Biden afirma que revogação do aborto "é cruel" e um retrocesso para os EUA

O presidente estadunidense também convocou o Congresso a agir e garantir o direito das mulheres de interromperem a gravidez

Joe Biden afirma que revogação do aborto "é cruel" e um retrocesso para os EUA.Créditos: Reprodução de Vídeo
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O presidente dos EUA Joe Biden declarou nesta sexta-feira (24) que "fará de tudo para conseguir garantir os direitos das mulheres". O pronunciamento de Biden aconteceu logo após a decisão da Suprema Corte, que revogou a lei federal que garantia o acesso ao aborto seguro. 

Em seu pronunciamento, Biden afirmou que a suspensão da ei Roe Vs Wade fera um "direito constitucional e fundamental das mulheres" e que a decisão terá reações imediatas e reais. 

Além disso, Biden afirmou que vê com espanto a possibilidade de que médico sejam criminalizados por conta de seu dever de cuidar e que mulheres podem ser punidas por buscar proteger a sua saúde. 

"É cruel que as leis estaduais acabem criminalizando o aborto e, com isso, voltaremos para uma situação dos anos 1830. Levará as mulheres a mais de 150 anos de regressão em direitos", criticou Biden. 

No entanto, o presidente democrata destacou que a "luta não acabou" e convocou que o Congresso haja para manter a lei federal, citando também a eleição que ocorrerá no segundo semestre para novos congressistas. 

"A decisão do Supremo não evita que a mulher viaje para um estado que libere o aborto. Portanto, as mulheres estão livres para viajar para outro estado para defender seus direitos", afirmou Biden. 

Por fim, Biden afirmou que "políticos não podem interferir em uma decisão que deve ser feita entre uma mulher e o seu médico".

 

Suprema Corte dos EUA derruba direito ao aborto

 

A Suprema Corte dos EUA derrubou a decisão do julgamento Roe V. Wade que garantia o direito ao aborto em nível federal. A decisão foi apresentada na manhã desta sexta-feira (24). 

Segundo informações da CNN, a decisão da Suprema Corte significa um retrocesso em décadas e afetará de maneira negativa as políticas de saúde reprodutiva nos EUA. 

A partir de agora, o direito ao aborto será determinado pelos governos estaduais. Tal cenário pode ser revertido se o Congresso aprovar uma lei que garanta o acesso à interrupção da gravidez. 

Quase metade dos estados já possuem leis que proíbem o aborto, enquanto outra parcela promulgou normas que dificultam o acesso ao aborto seguro.

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