LIBERDADE DE IMPRENSA

Lula e Esquivel indicam Julian Assange para prêmio de Direitos Humanos da Europa

O líder petista tem articulado uma frente internacional em prol da liberdade do fundador da WikiLeaks

Lula e Esquivel indicam Julian Assange para prêmio de Direitos Humanos da Europa.
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O ex-presidente Lula e os prêmios Nobel Mairead Maguire e Adolfo Perez Esquivel indicaram nesta quinta-feira (01) o jornalista e fundador do WikiLeaks Julian Assange para o prêmio Václav Havel do Conselho da Europa. 

Trata-se de uma organização que atua na defesa dos direitos humanos, da democracia e do Estado de direito no continente. Foi fundado em 1949 e sua sede fica em Estrasburgo, na França. 

A premiação destaca a ação de membros da sociedade civil no mundo todo e será concedido durante a sessão PACE de outubro. O vencedor receberá uma quantia de 60 mil euros, um troféu e um diploma. 

O ex-presidente Lula tem articulado uma frente em defesa da liberdade de Julian Assange. Para o petista, urge questionar: que crime cometeu o fundador da WikiLeaks? 

"Nós, que estamos aqui falando de democracia, precisamos perguntar: 'que crime o Assange cometeu?'. É o crime de falar a verdade, mostrar que os EUA, por meio de seu departamento de investigação, sei lá se da CIA, estava grampeando muitos países do mundo, inclusive a presidenta Dilma Rousseff", declarou Lula.

 

Reino Unido aprova extradição de Julian Assange 

 

O governo do Reino Unido aprovou nesta sexta-feira (17) a extradição do jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, aos Estados Unidos. A decisão do governo conservador de Boris Johnson vem dois meses após a justiça britânica formalizar a autorização ao procedimento. Em março, a Suprema Corte do Reino Unido negou ao jornalista o direito de apelar da decisão da extradição.

"Ministro do Interior do Reino Unido aprova a extradição do editor do WikiLeaks Julian Assange para os EUA, onde ele enfrentaria uma sentença de 175 anos. Um dia sombrio para a liberdade de imprensa e para a democracia britânica A decisão será apelada", disse o perfil oficial do WikiLeaks no Twitter.

Jornalistas e organizações de direitos humanos condenaram a decisão. "Permitir que Julian Assange seja extraditado para os EUA o colocaria em grande risco e enviaria uma mensagem assustadora aos jornalistas de todo o mundo", disse a Anistia Internacional em nota.

A Anistia Internacional disse estar extremamente preocupada com a situação que Assange pode enfrentar no Estados Unidos, com "um alto risco de confinamento solitário prolongado, o que violaria a proibição de tortura ou outros maus-tratos". "As garantias diplomáticas fornecidas pelos EUA de que Assange não será mantido em confinamento solitário não podem ser tomadas pelo valor de face, dada a história anterior. Apelamos ao Reino Unido para que se abstenha de extraditar Julian Assange, para que os EUA retirem as acusações e para que Assange seja libertado", diz ainda.

 

 

 

Com informações do DCM.