GUERRA

Para vencer a guerra, Putin pode impor uma grande fome ao mundo, diz pesquisador

Timothy Snyder, historiador da Universidade de Yale, afirma que a estratégia do líder envolver produz caos global e, a partir disso, derrubar as sanções contra o seu país

Para vencer a guerra, Putin pode impor uma grande fome ao mundo, diz pesquisador.Créditos: Twitter/Kremlin
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Qual é o próximo passo de Putin, presidente da Rússia, para vencer e colocar um fim sobre a guerra da Ucrânia? Segundo o historiador e pesquisador da Universidade de Yale, Timothy Snyder, o plano do líder russo pode envolver uma grande fome e desestabilização global como forma de derrubar as sanções impostas ao seu país. 

"A Rússia planeja matar de fome asiáticos e africanos para vencer sua guerra na Europa. Este é um novo nível de colonialismo, e o último capítulo na política da fome", declarou Snyder, que é especialista em Europa Central e Oriental. 

Segundo o pesquisador, "Vladimir Putin está preparando uma fome global como próximo estágio de sua guerra na Europa". 

Snyder lembra que a Ucrânia é um dos principais exportadores de alimentos e que Moscou estabeleceu um bloqueio naval que impede o país de importar grãos. "Se o bloqueio russo continuar, dezenas de milhões de toneladas de alimentos apodrecerão e dezenas de milhões de pessoas na África e na Ásia morrerão de fome". 

O historiador afirma que o "planto de Putin é tão horrível", que chega a ser difícil de admitir. Em seguida, Snyder afiram que o plano de Putin possui três estágios: 1) destruir o Estado ucraniano e cortar todas as suas exportações; 2) gerar refugiados do Norte da África e do Oriente Médio, o que pode causar instabilidade na União Europeia; 3) ele espera que uma fome mundial com mortes em massa lhe permita triunfar. 

"Quando os distúrbios alimentares começarem, e à medida que a fome se espalhar, a propaganda russa culpará a Ucrânia e pedirá que os ganhos territoriais da Rússia na Ucrânia sejam reconhecidos e que todas as sanções sejam canceladas", analisa Snyder. 

 

 

 

 

 

Com informações do Infobae. 


 

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