AMAZÔNIA

Bruno e Dom: Parlamento Europeu responsabiliza Bolsonaro pelos assassinatos

Documento aprovado pelo órgão também exige que, enquanto o crime não for solucionado que novos acordos econômicos não sejam realizados com o Brasil

Bruno e Dom: Parlamento Europeu responsabiliza Bolsonaro pelos assassinatos.Créditos: @crisvector
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O Parlamento Europeu aprovou nesta quinta-feira (7) uma resolução que condena os assassinatos de Bruno Pereira, servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista britânica Dom Phillips, no Vale do Javari, no Amazonas. A manifestação do Parlamento se dá um dia após o crime completar um mês. 

Em comunicado oficial, os parlamentares europeus condenam "veementemente o brutal assassinato de defensores do ambiente e dos direitos humanos, bem como de indígenas no Brasil, mais recentemente os assassinatos do jornalista britânico Dom Phillips e do ativista brasileiro Bruno Pereira". 
 
Além disso, a resolução do Parlamento Europeu responsabiliza o presidente Bolsonaro pelo aumento da onda de violência no Amazonas por conta de sua "retórica agressiva e intimidadora" contra ativistas dos direitos humanos

Dessa maneira, a moção do Parlamento Europeu responsabiliza Bolsonaro pelo assassinato de Bruno e Dom, bem como por toda a violência que assola atualmente as florestas brasileiras. Por causa, os parlamentares "pedem às autoridades brasileiras que conduzam uma investigação exaustiva, imparcial e independente sobre esses assassinatos e garantam que eles cumpram integralmente o devido processo em todos os momentos". 

A resolução foi aprovada por 362 votos a favor, 16 contra e 200 abstenções. Segundo informações do jornalista Jamil Chade, a primeira versão da moção era ainda mais dura e propunha que o acordo entre a União Europeia e Mercosul não fosse ratificado e que seu conteúdo fosse reaberto para que uma nova negociação possa ocorrer. 

Apesar da não realização do acordo entre União Europeia e Mercosul ter sido retirado da versão aprovada, o texto aprovado exige que o Brasil se comprometa com acordos climáticos, direitos humanos e também deixam claro que não aceitarão a adesão do Brasil na OCDE enquanto tais temas não forem solucionados.