EXTREMISMO

VÍDEO – Monumento é destruído por bomba nos EUA; “Satânico”, dizem conservadores

Pedras Guias da Geórgia, também chamado de “Stonehenge da América”, tornou-se uma paranoia para os reacionários do movimento Qanon, apoiadores de Trump. Erguido em 1980, obra veio parcialmente abaixo com explosão

Créditos: Escritório de Investigações do Estado da Geórgia
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Um monumento localizado na área rural da cidade de Elberton, conhecido como Pedras Guias da Geórgia, também chamado informalmente de “Stonehenge da América”, apontado há décadas por ultraconservadores cristãos como uma “obra satânica” foi parcialmente destruído após um atentado a bomba ocorrido na noite de quarta-feira (6).

A estrutura, feita por blocos de pedra sobrepostos nas quais há instruções sobre como a humanidade deveria proceder em caso de um apocalipse, cujo autor é apenas identificado como R. C. Cristão, feito sob encomenda em 1980, vinha sendo por anos a fio alvo de teorias conspiratórias por parte de extremistas religiosos e lunáticos norte-americanos. O movimento ultrarreacionário Qanon, que se orienta e defende teses totalmente estapafúrdias e que se notabilizou por apoiar ferozmente o ex-presidente Donald Trump, é um dos grupos que constantemente atacavam o monumento.

Com a explosão, que teria ocorrido por meio de uma bomba, já que a área é erma e não teriam outras hipóteses para a ocorrência, um dos cinco grandes blocos de rocha que compõem as Pedras Guias da Geórgia ficou totalmente destruindo, causando ainda avarias nas outras partes que ficaram de pé. Autoridades do Estado disseram à imprensa que o resto da obra precisará ser demolido por questão de segurança.

Monumento destruído após explosão.

O Escritório de Investigações da Geórgia informou que investiga o caso e que tem um vídeo com o momento exato da detonação que destruiu a estrutura. Momentos antes do crime, durante a madrugada, um carro passa pelo local. Os ocupantes do veículo ainda não foram identificados.

O presidente da Associação Elbert Granito, que administra o local, contou que há anos que o “Stonehenge da América” era alvo de constantes atos de vandalismo e que os monólitos enigmáticos vinham recebendo cada vez mais visitantes na última década por conta da divulgação do sítio nas redes sociais.