Em discurso na noite desta terça-feira (5), o presidente da Venezuela Nicolás Maduro mostrou um mapa do país com a região do Esesquibo já incorporada ao território sob controle de Caracas.
No domingo (3), a população venezuelana votou pela anexação do Essequibo, território atualmente sob controle de facto da Guiana. Mais de 96% do eleitorado presente aprovou a incorporação da região ao território da Venezuela.
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O governo Maduro propôs o plebiscito para se antecipar contra uma possível decisão desfavorável da Corte Internacional de Justiça (CIJ), que está fazendo uma arbitragem sobre a região da Guiana.
Com a aprovação do plebiscito, o estado venezuelano marcha em ritmo alto para tentar realizar uma possível anexação da maneira mais rápida possível.
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O governo já incorporou a região em seus mapas e criou oficialmente uma província administrativa para o Essequibo.
A Guiana olha para o movimento com preocupação e já chamou um grupo especial do Comando Sul dos EUA para defender seu território.
Maduro não gostou. “Estados Unidos, eu aconselho, longe daqui. Deixem que a Guiana e a Venezuela resolvam este assunto em paz”, disse o presidente venezuelano.
O deslocamento de tropas especiais da Venezuela para a região antecipando uma possível militarização do conflito é um sinal que não pode ser desconsiderado.
Significa que o Exército Bolivariano vai invadir o Essequibo amanhã? Também não. EUA, Guiana, Brasil e Argentina não querem essa guerra. E isso não pode ser desconsiderado.
E o Brasil?
O Brasil definitivamente não quer uma ação militar na região. Lula já pediu para venezuelanos e guianenses para que resolvam a situação diplomaticamente.
Um conflito na região significa instabilidade na região, aumento nos preços internacionais de petróleo, e conflitos muito próximos do território brasileiro.
Além disso, cria um problema:: o Brasil tem se esforçado para trazer Maduro para as mesas de negociações e para o tabuleiro da América do Sul. Uma guerra isolaria novamente a Venezuela.