Elias Francisco Guimarães é um padre católico que esconde uma história criminosa. Atualmente fazendo suas pregações para a Pastoral Vocacional da Diocese de Itapeva, em São Paulo, ele chegou a ser preso por pedofilia nos Estados Unidos, onde confessou os crimes sexuais contra crianças e adolescentes.
A história do padre Elias é uma das que são contadas no livro ‘Pedofilia na igreja’, escrito pelos jornalistas Fábio Gusmão e Giampaolo Morgado Braga. A obra trata justamente de casos como o dele, de padres que se mudam de país após praticar crimes sexuais e, na nova nação, seguem exercendo o sacerdócio sem serem punidos.
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Lotado em uma paróquia na cidade de Delray Beach, na Flórida, o padre Elias já era investigado por aliciar adolescentes para a prática de abusos sexuais. Acabou se dando mal em uma dessas ocasiões, quando o suposto jovem que tentava convencer a ter relações era, na verdade, um agente infiltrado da polícia local. Ele acabou preso em emboscada policial no momento em que se dirigia para encontrar a suposta vítima.
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Após cumprir a pena, voltou ao Brasil e encontrou acolhimento na Pastoral Vocacional da Diocese de Itapeva. Em 18 de junho de 2020 a página da instituição anunciava a chegada do padre Elias e publicava uma breve biografia sua. No texto, referências às suas atuações prévias no Brasil, na Paróquia Nossa Senhora Imaculada da Conceição e em seguida como capelão da Santa Casa de Itapeva. Nenhuma palavra sobre seu passado nos EUA ou a prisão por pedofilia.
A última publicação da instituição que faz referência ao padre Elias na data do seu aniversário. Em primeiro de dezembro de 2022, a página da Pastoral no Facebook parabenizava o clérigo pela data e nos comentários era possível ver diversos fieis dando os parabéns e pedindo bençãos ao padre.
No livro, os jornalistas comentaram o caso: “Um padre preso, réu confesso, que cumpriu pena por tentar contato sexual com um menor de idade foi mantido como sacerdote e aceito numa diocese do maior país católico do mundo, onde celebra missas normalmente, pelo menos até o fim de 2022”.