Após ser barrado no Capitólio, o Congresso dos Estados Unidos, em Washington, nesta terça-feira (12), junto a uma comitiva de parlamentares bolsonaristas, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fez um discurso improvisado, na rua, em que novamente se embananou ao tentar falar em inglês.
O objetivo do filho de Jair Bolsonaro e sua trupe seria “denunciar” uma fantasiosa “ditadura judicial” no Brasil através de um discurso aos deputados norte-americanos, mas o Congresso vetou a entrada dos brasileiros.
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Isolado, então, Eduardo Bolsonaro improvisou um "ato" na rua, em frente ao Capitólio e, quando foi se apresentar, disse, em inglês sofrível, que já foi o presidente da "comédia de defesa".
O objetivo do deputado, na verdade, era dizer que presidiu a "comissão de relações exteriores e defesa", mas ele pronunciou "comedy", que quer dizer "comédia", em vez de "committee", que significa comissão.
A sílaba tônica de "comedy" está em "co", enquanto de "committee" está em "mmi",
Veja como Eduardo Bolsonaro pronunciou:
Barrados no baile
Uma delegação de parlamentares bolsonaristas, que foi aos EUA para “denunciar” uma fantasiosa “ditadura judicial”, foi barrada no Congresso norte-americano, em Washington. A situação humilhante resultou numa espécie de “ato” na rua mesmo, na calçada, em inglês precário e em tom constrangedor.
Entre os extremistas que foram à “missão”, como eles mesmos classificam a viagem estapafúrdia e desconexa, estão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Zé Trovão (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Gustavo Gayer (PL-GO), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e André Fernandes (PL-CE). No vídeo vexatório é Van Hattem quem aparece discursando em inglês macarrônico ao lado de parlamentares trumpistas no passeio público.
Contando com uma audiência no Capitólio para despejar as toneladas de fake news e teorias conspiratórias amalucadas que normalmente distribuem nas redes sociais, que teria sido agendada em fevereiro, o grupo foi vetado pelo vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos EUA, Jim McGovern, do Partido Democrata, que percebendo a patuscada que se instalaria no parlamento norte-americano suspendeu a “visita” e o “discurso” dos radicais ultrarreacionários.
Coube ao filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro se revoltar com a decisão de McGovern a gritar na internet. Eduardo Bolsonaro correu para denunciar “censura” e culpar, como sempre, “a esquerda”, até mesmo no país mais economicamente liberal do planeta.
“Para calar a verdade sobre o que está ocorrendo no Brasil recorreram à censura, que é a arma dos covardes e fracos. Não é só no Brasil que a esquerda se apropria do termo ‘direitos humanos’ e seleciona em quem jogará a culpa por suas supostas violações”, disse o deputado filho do líder da extrema direita brasileira, numa postagem confusa e incompreensível, parecida com as de seu irmão Carlos.