Nesta sexta-feira (19), o secretário de Estado dos EUA Anthony Blinken condenou os ataques israelenses ao território do Irã, definidos como uma retaliação do regime sionista contra a resposta iraniana operada no último sábado (13) contra Israel.
Israel jogou drones e mísseis em solo iraniano, além de ter operado ataques contra a Guarda Revolucionária do Irã no Iraque e na Síria.
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A maior parte das ofensivas foram defendidas pelas forças aéreas iranianas, mas algumas perdas foram registradas em solo iraquiano.
O Irã já confirmou que não fará novas retaliações, dada a proporção mínima dos ataques e a capacidade de defesa bem articulada. Ninguém quer entrar em uma guerra total. O ataque controlado de Israel também previu isso.
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Blinken, que está no G7, reforçou que o grupo liderado pelos EUA condena os ataques e quer que a escalada de tensões se reduza na região.
A REAÇÃO IRANIANA
Os ataques do Irã não causaram grandes estragos para a população civil israelense, mas demonstraram algumas falhas de segurança na defesa de Israel, em especial em bases aéreas mais ao sul do país.
O ataque foi feito pensando em desescalar as tensões, com Teerã dando o tempo de preparação e defesa para Israel conseguir abater os drones Shahed.
O presidente Ebrahim Raisi e o aiatolá Khomeini sabiam que alguma resposta israelense viria. A preparação foi feita e as ameaças foram claras: Se Israel atacasse o Irã de maneira muito ofensiva, uma guerra total se iniciaria.
O discurso iraniano foi bem sucedido, e Israel decidiu fazer um ataque controlado e de pequena escala. Isso garante que a honra dos dois lados seja salvaguardada e que não haja necessidade de mais embates diretos no futuro muito próximo.
A VERGONHA DA EXTREMA DIREITA
Itamar Ben Gvir, ministro de extrema direita israelense, quebrou a política de "ambiguidade" do país. Isso porque o IDF nunca assume publicamente ataques contra seus inimigos.
Ele afirmou que o ataque israelense foi uma "vergonha" e que o IDF deveria atacar mais duramente Teerã para começar uma guerra total contra o Irã.
Ben Gvir foi duramente criticado inclusive por membros do governo Netanyahu por violar a segurança institucional do país quebrando a política de ambiguidade.
A REAÇÃO INTERNACIONAL
Além da condenação oriunda dos membros do G7, outros países também criticaram a retaliação. A Rússia afirma que está observando os ataques e confirmou que o Irã não irá retaliar Israel.
A Turquia pediu pelo fim das hostilidades para que a comunidade internacional volte ao foco de “parar o massacre em Gaza e garantir uma paz duradoura”.
Olaf Scholz, primeiro ministro alemão, disse que “todos devem garantir agora e no futuro próximo que não haja mais escalada da guerra”.
Apesar de tudo, o financiamento dos países ocidentais para o exército israelense se mantém. Ao mesmo tempo, os EUA barraram nesta quinta-feira a entrada da Palestina na ONU, mantendo o país como 'membro-observador'.