Neste fim de semana, Israel iniciou as operações militares em Rafah, cidade mais ao sul da Faixa de Gaza, e tomou controle da passagem entre o território palestino e o Egito.
O local, que concentra milhares de palestinos refugiados dentro de Gaza, é considerado o último ponto de abrigo dos milhares de vitimados pela guerra.
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Em meio a conversas para a formalização de um cessar-fogo que ocorrem no Cairo com representantes do Hamas, de Israel, do Egito e do Catar, o gabinete de guerra sionista enfrenta problemas.
Um cessar-fogo com a devolução dos reféns é a opção preferida do Hamas e da maior parte da opinião pública israelense, mas não a do governo de extrema direita do Netanyahu.
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O levantamento feito pelo Instituto de Democracia de Israel (IDI) com israelenses judeus e árabes mostram que a opinião pública não está do lado do expansionismo em Gaza.
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56% dos israelenses judeus preferem alcançar um acordo com o Hamas em vez de invadir o último reduto do grupo em Gaza.
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Entre os israelenses de esquerda e centro, 92,5% e 78%, respectivamente, apoiam a priorização de um acordo.
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Entre os árabes israelenses, 88,5% preferem um acordo a uma incursão terrestre em Rafah.
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Em fevereiro, uma pesquisa anterior do IDI mostrou que 51% dos israelenses priorizavam o retorno dos reféns em relação ao desmantelamento do Hamas em Gaza, mostrando um crescimento de 5% da opinião pública.
Problemas para Netanyahu
O índice de aprovação de Netanyahu entre o público israelenses aumentou ligeiramente após a guerra, subindo de 24% em outubro de 2023 para 32% em março de 2024.
No entanto, seu partido, o Likud, viu uma ligeira diminuição no apoio, e, em novas eleições, cairia para 17 assentos no Knesset em comparação com seus atuais 32, mostram os dados da IDI.
Pesquisas mostram que Netanyahu é menos popular do que seu rival Benny Gantz, com 35% dos israelenses preferindo Gantz como primeiro-ministro, em comparação com 29% para Netanyahu. Em uma disputa direta com Yair Lapid, Netanyahu é preferido por 33% em comparação com 23% para Lapid.
A maioria dos israelenses (51%) acredita que eleições antecipadas deveriam ser convocadas, com 81% do bloco anti-Netanyahu apoiando isso.
No entanto, apenas 20% dos apoiadores do bloco de direita e Haredi de Netanyahu querem eleições antecipadas. Se as eleições fossem realizadas hoje, as pesquisas sugerem que o bloco anti-Netanyahu ganharia uma maioria de 75 assentos, em comparação com apenas 45 assentos para a coalizão de Netanyahu. Isso representa uma mudança significativa em relação aos resultados eleitorais anteriores.