EM NOME DO PAI

Carluxo de Netanyahu abre guerra contra militares

Terra Prometida agora se estende até o Líbano

Malhação.O primogênito de Benjamin Netanyahu segue defendendo o pai de uma academia da Flórida.Créditos: Reprodução Instagram
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De seu confortável exílio na Flórida, pago por um "benfeitor" não identificado, Yair Netanyahu, o filho primogênito do primeiro ministro Benjamin, acelerou suas críticas aos militares de Israel em defesa do pai.

Autor de um podcast, com 197 mil seguidores no X e outros 125 mil no Instagram, Yair se jogou de cabeça na política de Israel ao sugerir em postagens que seu pai foi traído no 7 de Outubro pelo chefe do Estado Maior, Herzl Halevi, pelo chefe do Shin Bet, Ronen Bar e pelo chefe da inteligência militar que está de saída, Aharon Haliva.

Os três foram indicações de Benny Gantz, o líder da oposição que rompeu a aliança provisória com Netanyahu, levando o primeiro-ministro a dissolver o gabinete de guerra.

Agindo como se fosse o Carluxo de Netanyahu, Yair está tentando afastar o pai do óbvio fracasso de 7 de Outubro, quando o Hamas teria pego o governo de Israel de surpresa.

Com 32 anos de idade e fama de playboy caloteiro, Yair segue no exílio dourado, embora tenha idade para servir ao Exército.

Quando veio ao Brasil para acompanhar uma visita do pai, ele famosamente deixou para trás sem pagar uma conta de R$ 9.820,66  no Hotel Hilton de Copacabana.

As postagens do Carluxo israelense foram em resposta à decisão da Suprema Corte de Israel que suspendeu uma investigação sobre o 7 de Outubro. Para Yair, será montado um "comitê de esquerda" para eventualmente culpar seu pai.

As postagens levaram o influente diário Haaretz a publicar um editorial dizendo que, se pretende acusar o Exército de traição, Bibi deve deixar de se esconder atrás do filho.

O texto resumiu:

Durante anos, Yair Netanyahu desempenhou um papel fundamental na rede de veneno operada por fãs obstinados de seu pai, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Ele usa suas contas nas redes sociais para incitar, dividir, zombar, atacar e difamar todos na lista de alvos de seu pai e de seus fãs – esquerdistas em geral, jornalistas, juízes da Suprema Corte, consultores jurídicos, comissários de polícia, oficiais do Exército, chefes de Estado-Maior, membros da oposição, rivais políticos e, finalmente, membros do gabinete considerados hostis a Netanyahu e ao seu movimento.

BIDEN E O LÍBANO

Hoje, Bibi Netanyahu usou outro bode expiatório para escapar das acusações de inépcia e falta de planejamento para o futuro de Gaza.

Ele segue prometendo vitória total.

Gravou um vídeo acusando o governo Biden de reter remessas de armas que poderiam dar a vitória a Israel sobre o Hamas.

A Casa Branca respondeu que não sabe do que Bibi está falando.

Enquanto isso, a extrema-direita de Israel segue planejando colonizar muito além de Gaza.

O alvo, agora, é o Sul do Líbano.

Numa conferência online, o grupo de ultradireita "Acorde o Norte" advogou abertamente a ideia, o que exigiria uma guerra total contra o Hezbollah.

No Knesset, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, participou da primeira sessão do grupo parlamentar que defende novas colônias em Gaza, que seriam acompanhadas por um esforço pela imigração dos palestinos.

O ex-deputado Moshe Feiglin defende que colonos israelenses não voltem apenas a Gaza, mas ao que chamou de norte da Galileia, "pelo menos até o rio Litani", em pleno território libanês.

Depois de 256 dias de conflito, a extrema-direita israelense segue avançando os limites da guerra e da suposta "Terra Prometida".

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