Nesta quarta-feira (7), o candidato derrotado nas eleições venezuelanas, Edmundo González Urrutía, afirmou que não irá comparecer ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ) para a investigação sobre as eleições do país.
Ele publicou uma nota através do Twitter (X), dizendo que o processo conduzido pela suprema corte é ilegal e que não corresponde à Justiça Eleitoral.
“Se eu fosse à Câmara Eleitoral, fá-lo-ia numa situação de absoluta indefesa, porque o procedimento levado a cabo pela Câmara Eleitoral, tal como tem sido anunciado pela comunicação social, não corresponde a nenhum procedimento legal previsto na Lei Orgânica do TSJ e em outra lei sobre jurisdição eleitoral”, disse na nota.
Ele afirmou que o órgão competente para tal motivo é o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - que deu vitória a Maduro e que ele também não reconhece como legítimo.
Ou seja: o Supremo venezuelano não vale e o sistema eleitoral também não vale. Como adiantado por esta Fórum, a oposição venezuelana não seria capaz de aceitar as instituições do país mesmo que vencesse as eleições.
Ao fim, ele clamou para as "autoridades recuperarem o bom senso". Um dia antes, González pediu para que militares e policiais se levantem contra o governo Maduro para garanti-lo como presidente eleito.
"Fazemos um apelo à consciência dos militares e policiais para que fiquem ao lado do povo e de suas próprias famílias. Com essa massiva violação de direitos humanos, a alta cúpula está se alinhando com Maduro e seus interesses vis", dizia a nota de Urrutía e Maria Corina Machado, líder da oposição e amiga de Eduardo Bolsonaro.
Com os incontáveis registros de vandalismo pelos "comanditos" de apoiadores da oposição ao longo da última semana, a extrema direita consolidou suas táticas: fechamento de estradas e vandalismo, pedido de golpe militar, recusa dos resultados eleitorais e ataques ao sistema judiciário. Parece que já vimos este filme...