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Ex-premiê britânico ia invadir a Holanda para roubar vacinas na pandemia

Em sua biografia, Boris Johnson admite que realizaria operação militar e de inteligência para “recuperar” 5 milhões de doses da AstraZeneca. Notícia caiu como uma bomba na Europa

O então primeiro-ministro Boris Johnson, do Reino Unido, em visita à Academia Militar de Sandhust.Créditos: YouTube/Reprodução
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Uma notícia surreal e digna de um site humorístico, embora dramática, caiu como uma bomba na Europa neste sábado (28). Boris Johnson, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, admitiu em sua biografia, que deve chegar às livrarias nas próximas semanas, que por muito pouco não determinou às Forças Armadas britânicas a realização de uma operação militar e de inteligência para invadir a Holanda e de lá retirar cinco milhões de doses da vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca, alvo de um imbróglio com a União Europeia no período da pandemia. O fato teria ocorrido em março de 2021.

Na obra “Unleashed”, à qual o jornal britânico “Daily Mail” teve acesso antes do lançamento, há um trecho onde se pode entender o plano absurdo tramado pelo político descabelado. A ideia era que militares de unidades de elite cruzassem o Canal da Mancha em veículos infláveis até o litoral holandês, para dali ingressar nos canais de Amsterdã até o galpão onde estavam armazenados os imunizantes.

Depois, com ajuda de oficiais de inteligência já em solo estrangeiro, eles tomariam de assalto o local, colocariam toda a carga numa carreta articulada e fugiriam de lá para, de alguma maneira, chegar com os lotes de vacina em Londres. Johnson chamou um comandante do Estado Maior das Forças Armadas do Reino Unido, o tenente-general Doug Chalmers, ao Downing Street 10, sede do governo de Sua Majestade, para contar-lhe o plano e pedir sua opinião.

Bem direto, como bom britânico, o oficial general foi sensato e disse ao premiê que era perfeitamente possível realizar a ação, mas que todo mundo ficaria sabendo o que aconteceu.

Boris Johnson desistiu da ideia maluca e diz no livro que “claro que eu sabia que ele tinha razão e, secretamente, concordava com o que todos pensavam, mas não queria dizer em voz alta que tudo aquilo era uma loucura”.? Pesou também para demovê-lo da iniciativa a opinião de altos funcionários governamentais que disseram ser absurda a ideia de que a Grã-Bretanha lançaria um ataque invasor a um aliado europeu integrante da OTAN.

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