Um mistério pra lá de esquisito envolve as caixas-pretas do Boeing 737-800, da Jeju Air, que nos últimos dias de 2024 saiu de Bangcoc, na Tailândia, com destino a Muan, na Coreia do Sul, mas explodiu após passar direto na pista ao pousar, se chocando contra um muro, deixando 179 mortos e apenas dois sobreviventes. Os dois equipamentos, que gravam dados e voz dentro da cabine de comando, foram recuperados em perfeitas condições pelas equipes de resgate.
As caixas-pretas foram analisadas por técnico especialistas, mas neste sábado (11), as autoridades do Ministério dos Transportes da Coreia do Sul emitiram um comunicado perturbador: os dois gravadores, de dados e voz, pararam de registrar tudo quatro minutos antes da colisão trágica, logo após o piloto do Boeing emitir um sinal de “Mayday”, relatando a colisão com pássaros.
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Diante da situação bastante rara, uma vez que até aeronaves muito avariadas, em circunstâncias bem mais problemáticas e devastadoras, mantêm esses equipamentos funcionando em desastres, os sul-coreanos enviaram as caixas-pretas para a Junta Nacional de Segurança de Transportes dos Estados Unidos, que empregará seus agentes especializados num laboratório próprio para tentar compreender a razão para a inoperância dos gravadores nos minutos finais do voo.
O que se sabe até o momento é que o avião da Jeju Air, uma empresa de baixo custo da Coreia do Sul, recebeu dois minutos antes da colisão com pássaros um aviso de operadores de voo alertando para a possível presença desses animais nas proximidades da pista do aeroporto de Muan. De fato, a aeronave se chocou com eles e os pilotos utilizaram a palavra-código internacional “mayday”, que anuncia uma emergência grave, logo na sequência, informando o problema. Foi a partir daí que as caixas-pretas cessaram as gravações. Demoraria ainda quatro minutos até a explosão devastadora.
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