DIPLOMACIA SOBERANA

Ao lado de Lula, Trump diz que achava que Bolsonaro "era um cara honesto"; veja vídeo

Ao tratar da "questão Bolsonaro" na reunião, Lula afirmou a Trump que a sanção contra Moraes é injusta "porque respeitou-se o processo legal e não há nenhuma perseguição política ou jurídica".

Trump, Lula e diplomatas dos EUA e Brasil no encontro entre os dois presidentes na Malásia.Créditos: Ricardo Stuckert / PR
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À frente de Lula, em conversa com jornalistas antes da reunião com o presidente brasileiro, realizada neste domingo (26) em Kuala Lumpur, na Malásia, Donald Trump foi indagado como se sentia em relação a Jair Bolsonaro (PL), que foi citado na carta em que os EUA anunciaram a tarifa de 50% aos produtos brasileiros. 

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No documento, o governo Trump condicionava a suspensão da taxação ao fim da "caça às bruxas" ao ex-presidente brasileiro. No entanto, na reunião com Lula, o presidente dos EUA sinalizou que isso não está mais em pauta.

"Sempre gostei dele. Me sinto muito mal pelo que aconteceu com ele. Sempre achei que ele era um cara honesto, mas ele já passou por muita coisa. Ele está passando por momentos ruins”, disse.

Na sequência, Trump foi perguntado se a questão envolvendo Bolsonaro faria parte da pauta da reunião com Lula. "Não é da sua conta", respondeu grosseiramente.

Após o encontro, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa, afirmou que o assunto foi tratado "muito lateralmente" pelos dois presidentes após "a questão do Bolsonaro" aparecer "inclusive na entrevista".

"A questão do Bolsonaro apareceu, inclusive antes na entrevista, em que [Trump] foi perguntado, mas muito lateralmente. O [que o] presidente Lula utilizou com o exemplo é a injustiça da aplicação da Lei Magnitsky em relação a algumas autoridades, como do Supremo Tribunal Federal (STF), o quão injusta é essa medida em relação a esses ministros porque respeitou-se o processo legal e não há nenhuma perseguição política ou jurídica", afirmou Rosa.

 

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