A participação dos eleitores nas eleições legislativas realizadas neste domingo (26), segundo dados preliminares, foi a mais baixa desde o retorno da democracia no país, em 1983.
Segundo dados da Direção Nacional Eleitoral (Dine), subordinada ao Ministério do Interior, o total chegou a 66%, cinco pontos percentuais inferior ao das eleições de meio de mandato de 2021, quando as restrições devido à pandemia de covid-19 ainda estavam em vigor.
Te podría interesar
Na Argentina, o voto é obrigatório, mas a penalidade para quem não comparece à votação é uma pequena multa, semelhante ao que acontece no Brasil.
O nível de comparecimento é considerado crucial para os resultados finais, como aponta o jornal Pagina12, já que as pesquisas dos últimos dias indicaram que o público que tende a ser mais favorável ao voto no La Libertad Avanza (LLA), legenda do presidente Javier Milei era o menos inclinado a ir às urnas. Uma abstenção elevada poderia, em tese, beneficiar a oposição.
Te podría interesar
Para efeito de comparação, a participação eleitoral nas eleições legislativas da província de Buenos Aires, que ocorreram em 7 de setembro e representaram uma grande derrota para Milei, ultrapassou 63% dos eleitores registrados, segundo o Conselho Eleitoral de Buenos Aires após o fechamento das urnas.