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Eleições no Chile: pesquisa aponta empate entre candidata de esquerda e extremista de direita

A menos de um mês das eleições no Chile, levantamento aponta equilíbrio entre esquerda e extrema direita, enquanto o governo Boric registra leve recuperação de popularidade

Imagem de um dos debates presidenciais realizados no Chile, este realizado em Santiago, em 14 de outubroCréditos: RAUL BRAVO / AFP
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Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (27) mostra uma disputa acirrada pela presidência do Chile, nas eleições que serão realizadas em 16 de novembro.

O levantamento, realizado pelo Centro de Estudos Públicos (CEP), traz a candidata de esquerda Jeannette Jara e o republicano José Antonio Kast, da extrema direita, com 23% das intenções de voto cada um.

Em terceiro lugar aparece a direitista Evelyn Matthei, com 13%. Na sequência estão Franco Parisi (8%), Johannes Kaiser (6%), Harold Mayne-Nicholls (2%), Marco Enríquez-Ominami (2%), Eduardo Artés (0%) e outros somam 1%.

Segundo a sondagem, 37% dos entrevistados acreditam que o próximo presidente do Chile será Kast, enquanto 29% acreditam que será Jara, e 8% creem na vitória de Matthei.

Segundo turno

Em um cenário de segundo turno entre Jara e Kast, o extremista alcança 41%, contra 33% da candidata de esquerda, com 16% dos entrevistados afirmando que votariam nulo ou em branco e 11% dizendo que não iriam votar.

Já em uma eventual disputa entre o ultraconservador e Matthei, Kast também venceria, por 33% a 29%. Matthei ficaria à frente de Jara, com 37% a 33%.

A pesquisa foi divulgada um dia após o debate presidencial do Canal 13, no qual nenhum dos candidatos, segundo analistas, assumiu posições polêmicas ou arriscadas, nem houve grandes embates.

Popularidade de Gabriel Boric

A pesquisa também questionou os entrevistados sobre a aprovação da gestão do presidente chileno Gabriel Boric, que está a cinco meses de concluir seu mandato e cujo gabinete incluía Jara como ministra do Trabalho.

O levantamento mostrou um aumento de 5% em seu índice de aprovação em comparação com a mesma sondagem realizada em julho, passando de 23% para 28%. Seu índice de desaprovação caiu de 66% para 62%.

O CEP entrevistou 1.217 pessoas em seus domicílios, em 100 municípios do país, entre 22 de setembro e 17 de outubro.

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