O governo do Reino Unido incluiu oito novos países em sua lista de alertas de viagem depois de registrar casos de intoxicação por metanol associados a bebidas alcoólicas falsificadas ou contaminadas. A atualização foi feita pelo Foreign, Commonwealth & Development Office (FCDO) em 21 de outubro de 2025.
Os países adicionados são: Equador, Japão, Quênia, México, Nigéria, Peru, Rússia e Uganda.
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A medida se soma a uma lista já existente de países com o alerta, que incluía destinos como Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja, Indonésia, Turquia, Costa Rica e Fiji.
Mesmo com o aumento dos casos de intoxicação por metanol, o Brasil, no entanto, não consta na lista divulgada.
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Segundo o FCDO, o envenenamento por metanol ocorre em bebidas adulteradas ou produzidas de modo improvisado, muitas vezes com o objetivo de reduzir custos. A substância, usada em produtos como anticongelantes e fluidos industriais, não tem sabor ou odor perceptível, o que torna sua detecção difícil para o consumidor.
Os sintomas iniciais da intoxicação podem assemelhar-se aos de uma embriaguez comum — náuseas, vômitos, tontura e confusão —, mas se agravam-se em 12 a 48 horas, com visão embaçada, cegueira e até risco de morte.
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Em seu comunicado, o ministro responsável por assuntos consulares, Hamish Falconer, afirmou que “o envenenamento por metanol pode matar. Ele é difícil de detectar porque os sintomas iniciais imitam intoxicação alcoólica. Quando o viajante percebe o risco, pode já ser tarde demais”.
As recomendações aos britânicos que viajam ao exterior incluem comprar apenas bebidas lacradas em estabelecimentos autorizados, evitar bebidas preparadas de forma improvisada ou servidas em jarras e baldes, e recusar produtos oferecidos gratuitamente ou de origem duvidosa.
Embora o FCDO não tenha divulgado casos específicos em cada um dos oito novos países, o alerta segue a identificação de mortes e doenças graves em destinos turísticos. Em 2024, por exemplo, seis turistas morreram no Laos após consumir bebida suspeita de conter metanol.
As autoridades ressaltam que, apesar de não ser possível eliminar totalmente o risco, os viajantes podem mitigar a exposição adotando comportamentos seguros e permanecendo atentos aos sinais de alerta.
