Nesta quarta-feira (29), o presidente dos EUA Donald Trump ordenou a retomada imediata dos testes nucleares dos Estados Unidos reacendeu tensões globais e foi recebida com duras reações de Moscou e Pequim.
O anúncio, feito em uma postagem oficial na rede Truth Social, marca o fim de uma moratória nuclear mantida por Washington desde 1992 e reacende temores de uma nova corrida armamentista entre potências nucleares.
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Trump justificou a medida afirmando que “Rússia e China intensificaram seus programas de testes” e que os EUA “não podem ficar para trás”.
Nesta semana, a Rússia testou o míssil balístico Burevestnik, capaz de carregar ogivas nucleares, além do Torpedo Poseidon.
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O republicano declarou: “Os Estados Unidos têm mais armas nucleares do que qualquer outro país [...]. Por causa dos programas de testes de outros países, instruí o Departamento de Guerra a começar a testar nossas armas nucleares em base equivalente. Esse processo começará imediatamente”.
A China reagiu com um apelo público à moderação. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Guo Jiakun declarou que Pequim “espera que os Estados Unidos cumpram de forma responsável as obrigações do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares e mantenham o equilíbrio estratégico global”.
Já o Kremlin advertiu que poderá abandonar suas próprias restrições. “Se alguém abandonar a moratória, a Rússia agirá de acordo”, afirmou Dmitri Peskov, porta-voz do governo russo.
Em meio à escalada verbal, o deputado russo Alexey Zhuravlyov sugeriu enviar mísseis nucleares para Cuba e Venezuela, retomando a retórica da Crise dos Mísseis de 1962. Caracas, por sua vez, afirmou já possuir cerca de 5 mil mísseis antiaéreos russos em seu território.