Hamas e Israel ratificaram nesta quinta-feira (9) o acordo de paz que prevê o cessar-fogo total na Faixa de Gaza e a entrega de todos os reféns que estão sob custódia do grupo palestino.
Com isso, Israel se comprometeu a parar com os ataques em até 24 horas, contando a partir da noite desta quinta-feira. Após essa etapa, o Hamas tem o prazo de até 72h para entregar todos os reféns.
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O líder político do Hamas, Khalil al-Hayya, anunciou, por meio de um comunicado televisivo, que formalizou um acordo de cessar-fogo permanente com Israel.
Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teve que submeter o acordo de paz com o Hamas à votação no Conselho de Segurança, que teve voto contrário de dois integrantes: Itamar Ben-Gvir, ministro da Segurança Nacional, e Bezalel Smotrich, das Finanças.
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Após a reunião do Conselho de Segurança do governo de Israel, Ben-Gvir afirmou que seu partido vai atuar para derrubar o governo de Netanyahu.
Mas, apesar das ameaças da ala da extrema-direita do governo de Netanyahu, o ministro das Relações Exteriores, Gideon Sa'ar, declarou, durante entrevista à Fox News, que o país não prosseguirá com os ataques em Gaza após a assinatura do acordo de paz.
De acordo com o comunicado do Hamas, o governo dos EUA garantiu que o acordo será cumprido.
Principias pontos do Acordo de Paz entre Hamas e Israel
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Cessar-fogo e Retirada Militar
Cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza após aprovação do acordo.
Israel deve recuar suas tropas para uma linha previamente acordada em até 24 horas.
Retirada parcial das forças israelenses, mantendo controle sobre cerca de 53% do território.
- Libertação de Reféns e Prisioneiros
Hamas terá até 72 horas para libertar todos os reféns, vivos ou mortos.
Estima-se que 48 reféns ainda estejam em Gaza, sendo 20 possivelmente vivos.
Israel se compromete a libertar cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.
Para cada refém morto, Israel deve entregar os corpos de 15 palestinos.
- Ajuda Humanitária
Entrada de caminhões com alimentos, água e medicamentos em Gaza.
Acordo prevê aumento significativo da ajuda humanitária no território palestino.
- Desmilitarização e Governança
O plano exige que o Hamas se desarme e não participe da governança de Gaza.
Gaza será administrada por um comitê palestino tecnocrático e apolítico, supervisionado por um Conselho de Paz internacional.
O objetivo é transformar Gaza em uma zona livre de terrorismo e desradicalizada.
- Mediação e Supervisão
Acordo mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia.
O presidente Donald Trump deve presidir o Conselho de supervisão internacional.
A assinatura oficial está prevista para ocorrer em Sharm el-Sheikh, Egito.