ESTADOS UNIDOS

Homem sai do coma após meses, acusa namorada de acidente intencional e morre

Daniel Waterman sofreu múltiplas fraturas, lesões na coluna vertebral e colapso dos pulmões, ficando em coma induzido

Daniel Waterman.Créditos: Redes Sociais
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Um jovem de 22 anos que ficou em coma após um grave acidente de carro nos Estados Unidos acordou brevemente para acusar a namorada de ter provocado a colisão de forma deliberada. Poucos meses depois, ele não resistiu aos ferimentos.

Daniel Waterman morreu em 8 de outubro, após oito meses hospitalizado. Antes de morrer, segundo a polícia, ele afirmou que Leigha Mumby, de 24 anos, teria jogado o carro contra uma árvore intencionalmente durante uma discussão.

De acordo com o depoimento registrado pelos investigadores, Daniel relatou que, momentos antes da batida, Leigha disse:

“Não me importo com o que aconteça. Você vai ter o que merece.”

Logo em seguida, ela acelerou o veículo a cerca de 145 km/h e colidiu com uma árvore.

A briga e o acidente

O episódio aconteceu em fevereiro deste ano, após uma discussão motivada por ciúmes. Leigha teria se enfurecido ao ver uma mensagem de texto que Daniel recebeu de outra mulher.

O impacto destruiu completamente o carro. Daniel sofreu múltiplas fraturas, lesões na coluna vertebral e colapso dos pulmões, ficando em coma induzido. Leigha, que estava grávida de um filho dele, também ficou gravemente ferida, mas sobreviveu. A criança nasceu enquanto o jovem ainda permanecia internado.

Em julho, com leve melhora, Daniel foi transferido da Flórida para o Hospital Universitário Upstate, em Syracuse (Nova York). No entanto, seu quadro voltou a se agravar, e ele morreu de pneumonia no início de outubro.

“Isso não foi um acidente”, diz advogado

O advogado da família, John Hager, afirmou que as provas apontam para uma ação proposital.

“Isso não foi um acidente. As evidências mostraram que ela não usou os freios. O carro estava acelerando no momento do impacto”, declarou.

Acusada responde em liberdade

Leigha Mumby foi presa em julho e inicialmente acusada de direção imprudente, lesões corporais graves e agressão agravada com arma letal. Após a morte de Daniel, a promotoria reclassificou o caso como homicídio veicular.

A jovem se declarou inocente e foi liberada após pagar fiança de US$ 150 mil. O caso segue sob investigação.

Família busca justiça e guarda do bebê

A família de Daniel classificou o episódio como um “ato de violência” e disse que o jovem “lutou corajosamente por oito meses”.

Em uma publicação no site de arrecadação GoFundMe, parentes escreveram:

“Não houve um dia em que ele não dissesse que só queria voltar para casa.”

Os familiares agora aguardam o resultado de um teste de paternidade e travam uma disputa judicial pela guarda da criança, nascida após o acidente que tirou a vida do pai.

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