Nesta terça-feira (11), a Latam Pulse, iniciativa da AtlasIntel e Bloomberg, revelou em seu relatório de janeiro de 2025 um cenário heterogêneo na popularidade dos líderes latino-americanos.
Enquanto a mexicana Claudia Sheinbaum lidera com 62% de aprovação e saldo líquido positivo de +26 pontos percentuais (pp), o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o colombiano Gustavo Petro registram recorde de avaliações negativas desde o início dos mandatos.
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Lula tem 46% de aprovação contra 51% de desaprovação, refletindo insatisfação com "inflação, desempenho econômico e aumento da violência", segundo o relatório.
Lula supera o colombiano, que tem 35% de aprovação e o chileno Gabriel Boric (44%), mas levemente inferior ao da argentina Javier Milei (47%).
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Na reprovação, Petro lidera com 55%, atrás de Boric com 53%. Lula vem logo atrás com 51%, na margem de erro com Javier Milei (50%).
Sheinbaum destaca-se como única governante com aprovação acima da desaprovação, impulsionada por políticas que mantiveram a confiança do consumidor acima da média regional, mesmo com queda de 16,7 pontos no índice Atlas-CCI.
Em contraste, Brasil e Argentina tiveram recuperação moderada no mesmo indicador (+6,5 e +3,5 pp, respectivamente), sem reverter o cenário político desfavorável.
O relatório aponta que Lula e Petro enfrentam "desapontamento generalizado", enquanto Milei equilibra-se em meio a polarização intensa da sociedade argentina.
Curiosamente, a opinião pública da Colômbia é a única da América Latina em que se acredita que a administração Trump fortalecerá a democracia regional, um contraste com a visão majoritariamente negativa sobre o presidente dos EUA.
A pesquisa entrevistou 12 mil pessoas ao redor de Chile, Brasil, Argentina, Colômbia e México. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais para cada amostra.