Dados divulgados nesta segunda-feira (14) pelo Departamento de Estatística do Japão (Statistics Bureau of Japan) apontam para um declínio de 898.000 no total da população japonesa ao longo do ano passado, um recorde em relação à série histórica que se iniciou em 1950.
O país registrou 120,3 milhões de cidadãos até outubro de 2024, na décima quarta queda consecutiva no número de japoneses e a maior em 74 anos. O país tem uma das piores taxas de natalidade do mundo, com 1,3 filho por mulher — à frente da Coreia do Sul, em que o índice é de 0,72.
A população de residentes estrangeiros também caiu: foram 550 mil pessoas a menos em 2024, com um novo total de 123,8 milhões de estrangeiros.
A população japonesa entrou em declínio em 2008 e, desde então, a porcentagem de pessoas em idade avançada aumentou consideravelmente no país, ameaçando a pirâmide etária.
As únicas parcelas da população a aumentar no país, demonstra o órgão japonês, são os idosos e os estrangeiros.
Dados de 2024 indicam um recorde de 29,3% da população japonesa composta por pessoas com 65 anos ou mais, com um total de 36,24 milhões (e um aumento total de 17 mil em 2024).
Só duas prefeituras japonesas apresentaram crescimento no ano passado: foi o caso de Tóquio e Saitama, com um crescimento de 0,66% e 0,01%, respectivamente. Em todas as outras, o número de residentes diminuiu; e, em 34 delas, o declínio populacional se acelerou.
Agora, o país busca estratégias para reverter a tendência, como o aumento do apoio financeiro destinado à criação dos filhos, o aumento real dos salários para as "gerações mais jovens" e o estímulo ao "matchmaking", isto é, à interação romântica entre os jovens, como afirmou o Secretário-Chefe do Gabinete japonês, Yoshimasa Hayashi, na ocasião da divulgação dos dados.
JAPÃO
País asiático tem queda populacional de quase 1 milhão, a maior já registrada em 74 anos
As únicas parcelas da população a aumentar no país são idosos e estrangeiros, e apenas duas prefeituras avistaram crescimento populacional, com outras 34 em declínio
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