Pesquisa realizada pela consultoria Analogías revela números negativos para governo de Javier Milei na Argentina. A base de apoio à gestão caiu 5 pontos e sua desaprovação líquida, a diferença entre aqueles que aprovam e os que reprovam a gestão, passou de 2 para 8 pontos na amostra.
O índice de desaprovação é de 46%, e 38% aprovam o governo. São 58% os que consideram a gestão de Milei como autoritário e 52% dos entrevistados consideram que se trata de um governo com “muita ou bastante” corrupção.
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"Com esses dados, confirmamos as consequências da sequência de eventos negativos dos últimos 60 dias. O discurso de ódio em Davos, o papel de destaque de Milei na fraude global das criptomoedas e a gestão política errática de um novo programa com o FMI tiveram implicações determinantes na opinião pública", disse Marina Acosta, da Analogías, ao site La Política Online.
Condução errada da economia
O levantamento identificou uma rejeição majoritária ao acordo firmado com FMI, além de ter crescido significativamente a parcela daqueles que acreditam que o sacrifício imposto pelo ajuste econômico não faz sentido para resolver os problemas estruturais da economia, alcançando 51%. O otimismo com o cenário econômico foi no sentido contrário, caindo de 45% para 35%.
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Uma maioria de 53% respondeu que a inflação “não está caindo” e 46% acreditam que o dólar vai subir “muito ou bastante” nos próximos meses, enquanto 85% expressaram preocupação com o desemprego e uma maioria de 64% acredita que a pobreza “não está diminuindo”.
As reivindicações dos aposentados têm amplo apoio por parte da população. São 85% os que acreditam que um aumento emergencial deveria ser concedido e 64% discordaram da repressão aos seus protestos promovida pelo governo.
A sondagem foi realizada entre os dias 28 e 31 de março e foram realizadas 2.854 entrevistas.
Cinema argentino
Se a imagem de Milei e do governo em geral enfrenta problemas, o mesmo não se pode dizer do cinema argentino, que continua sendo bem avaliado.
A parcela dos entrevistados que tem uma imagem positiva dos filmes produzidos no país chega a 70,5%, enquanto os que avaliam de forma negativa são 21,5%.