As políticas do governo Trump começam a dar resultados: a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a classificação de crédito dos Estados Unidos nesta sexta-feira (16). A nota dos EUA foi rebaixada de "AAA" para "AA1".
Entre as justificativas, a Moody's cita o aumento da dívida e dos juros "a níveis que são significativamente mais altos do que os de soberanos com classificação similar". O rebaixamento da nota dos EUA deve afetar os mercados financeiros e elevar as taxas de juros.
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Para a Moody's, o governo Trump e o Congresso "falharam em chegar a um acordo sobre medidas para reverter a tendência de grandes déficits fiscais anuais e custos crescentes de juros".
Apesar do rebaixamento, a Moody's declarou que os EUA não correm perigo imediato de serem rebaixados novamente. Dessa maneira, a agência considera a perspectiva do país "estável", e isso por causa de "sua longa história de política monetária muito eficaz, liderada por um Federal Reserve independente".
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Qual a função e o impacto da nota de classificação da Moody's?
A nota de risco da Agência Moody's avalia a capacidade de um país, empresa ou instituição de pagar suas dívidas, classificando-a em escalas como Aaa (melhor) até C (pior). Essa classificação ajuda investidores a medir o risco de crédito: notas altas indicam baixo risco, enquanto notas baixas sinalizam maior chance de calote, exigindo juros mais altos para compensar o risco.
Essas notas influenciam diretamente o custo de captação de recursos. Um emissor com nota alta (como Aaa) paga juros baixos, enquanto um com nota ruim (como Ba3, grau especulativo) enfrenta taxas mais altas, dificultando o financiamento. Rebaixamentos podem desencadear fuga de capitais, desvalorização da moeda e perda de confiança no mercado.
Em resumo, a Moody's funciona como um termômetro de confiança para o mercado financeiro, impactando desde políticas econômicas até decisões de investimento. Quanto pior a nota, maior o custo e o risco para o emissor e os credores.
Com informações de Reuters